segunda-feira, 26 de abril de 2010

HUMANISMO PORTUGUÊS

Segunda época do Medievo - Humanismo

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão resaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosse nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena
Quem quere passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abysmo deu.
Mas nelle é que espelhou o céu.(Fernando Pessoa)

“Que o mar com fim será grego ou romano:
O mar sem fim é portuguez.”
(Fernando Pessoa)

A 2ª Época Medieval ou Humanismo corresponde ao período que vai desde a nomeação de Fernão Lopes para o cargo de cronista-mor da Torre do Tombo, em 1434, até o retorno de Sá de Miranda da Itália, introduzindo em Portugal a nova estética clássica, no ano de 1527.
O Humanismo é um período muito rico no desenvolvimento da prosa, graças ao trabalho dos cronistas, notadamente de Fernão Lopes, considerado o iniciador da historiografia português. Outra manifestação importantíssima que se desenvolve no Humanismo, já no início do século XVI, é o teatro popular, com a produção de Gil Vicente. A poesia, por outro lado, conhece um período de decadência nos anos de 1400, estando toda a produção poética do período ligada ao Cancioneiro geral, organizado por Garcia de Resende; essa poesia, por se desenvolver no ambiente palaciano, é conhecida como poesia palaciana.
Tanto as crônicas históricas como o próprio teatro vicentino estão intimamente relacionados com as profundas transformações políticas e sociais verificadas em Portugal no final do século XIV e em todo o século XV.
MOMENTO HISTÓRICO
O Humanismo marca toda a transição de um Portugal caracterizado por valores puramente medievais para uma nova realidade mercantil, em que se percebe a ascensão dos ideais burgueses. A economia de subsistência feudal é substituída pelas atividades comerciais; inicia-se uma retomada da cultura clássica, esquecida durante a maior parte da Idade Média; o pensamento teocêntrico é deixado de lado em favor do antropocentrismo.
O século XIV marca em toda a Europa um período caracterizado pela crise do sistema feudal. Entre as várias causas dessas profundas transformações, podem ser citadas a Peste Negra (em Portugal, só no ano de 1348, a Peste eliminou mais de 1/3 da população); a Guerra dos Cem Anos, entre Inglaterra e França (Portugal e Castela se envolveram no conflito, ora como inimigos, ora como aliados), de 1346 a 1450; a conseqüente escassez de mão-de-obra e as mudanças nas relações sociais.
A Igreja, por sua vez, vive seriíssimas
crises internas, chegando mesmo a ter dois papas
simultâneos (um em Roma, outro em Avignon,
França) .

A crise no sistema feudal, que desmorona
a velha ordem da nobreza, vem, em contrapartida,
fortalecer o poder centralizador nas mãos do rei:


“Outro agente que saiu fortalecido da crise do século XIV foi a Monarquia. O vácuo de poder aberto pelo enfraquecimento da nobreza é imediatamente recoberto pela expansão das atribuições, poderes e influências dos monarcas modernos. Seu papel foi decisivo tanto para conduzir a guerra quanto, principalmente, para aplacar as revoltas populares. A burguesia via nele um recurso legítimo contra as arbitrariedades da nobreza e um defensor de seus mercados contra a penetração de concorrentes estrangeiros. A unificação política significava a unificação também das moedas e dos impostos, das leis e normas, pesos e medidas, fronteiras e aduanas. Significava a pacificação das guerras feudais e a eliminação do banditismos nas estradas. Com a grande expansão do comércio, a Monarquia nacional criaria a condição política indispensável à definição dos mercados nacionais e à regularização da economia internacional.”

SEVCENKO, Nicolau. O Renascimento. 2. Ed. São Paulo, Atual/Campinas, Unicamp, 1985. P. 8.

Em Portugal, toda essa transição, bem como o poder centralizado, tem como marco cronológico a Revolução de Avis (1383-85). O choque entre a nobreza decadente
e a nascente burguesia antifeudal verifica-se logo após a morte do rei D. Fernando. Com o perido da aproximação de Portugal aos reinos castelhanos, graças à política da regente D. Leonor Telles, a burguesia busca o apoio do povo e fortalece a liderança de João, o Mestre de Avis. Com a Revolução e a aclamação de João como Rei de Portugal, desenvolve-se uma política de centralização do poder nas
mãos do rei, compromissado com a burguesia mercantilista. Desse compromisso resulta a expansão ultramarina português: a partir de 1415, com a Tomada de Ceuta, primeira conquista ultramarina, Portugal inicia uma longa caminhada de um se´culo até conhecer seu apogeu. Ao entrar no século XVI, encontramos Portugal com colônias na África, América e Ásia, e em ilhas espalhadas pelo Atlântico, Índico e Pacífico. Essa grandiosidade leva Camões, em Os lusíadas, a afirmar que o sol estava sempre a pino no império português:

“Vós, poderoso Rei, cujo alto Império
O Sol, logo em nascendo vê primeiro,
Vê-o também no meio do Hemisfério,
E quando desce o deixa derradeiro.”

A PRODUÇÂO LITERÁRIA

A crônica histórica – Fernão Lopes

Pouco se sabe da vida de Fernão Lopes. Deve ter nascido entre 1380 e 1390, de origem popular. Em 1418, é nomeado guarda-mor da Torre do Tombo; em 1434, é promovido a cronista-mor. Em 1454, por estar “tão velho e fraco”, é substituído por Gomes Eanes Zurara. Supõe-se que tenha falecido por volta de 1460.

Fernão Lopes deixou-nos três crônicas:
- Crônica Del-Rei D. Pedro I – perfil psicológico do rei D. Pedro I, traçado a partir da narração dos principais acontecimentos de seu reinado. As páginas que relatam os fatos ligados à morte de Inês de Castro são famosíssimas.

D. Pedro I e Inês de Castro

D. Pedro foi o oitavo rei de Portugal, governando o país por 10 anos (1357 – 1367). Antes de ser coroado, quando seu pai – Afonso IV – ainda governava Portugal, D. Pedro viveu talvez o mais famoso drama de amor da história lusitana.

D. Pedro era casado com D. Constança, mas apaixonou-se por Inês de Castro, dama de companhia de Constança e pertencente à poderosa família de Castela. Após a morte de Constança e para regularizar a situação dos seus filhos bastardos, D. Pedro marca núpcias com Inês de Castro. O rei Afonso IV e os nobres portugueses, temerosos da influência castelhana, não aceitam o casamento do futuro rei com Inês. Como única saída, Afonso IV ordena o assassinato de Inês, degolada em 1355.

Segundo a lenda, D. Pedro, inconformado, manda vestir a noiva com roupas nupciais, senta o cadáver no trono e faz os nobres lhe beijarem a mão. Daí falar-se que a infeliz foi “rainha depois de morta”.

Na realidade, D. Pedro manda trasladar os restos mortais de Inês, que com pompas de rainha, apenas em 1361, quando já era rei. Portanto, seis anos após o assassinato.
Esse romance e a figura de Inês de Castro transformaram-se em verdadeiro mito. Desde o século XV até os nossos dias vários poetas homenageiam Inês. Camões dedicou-lhe um episódio em Os lusíadas, assim iniciado:
“O caso triste e Dino da memória
Que do sepulcro os homens desenterra
Aconteceu da mísera e mesquinha
Que depois de morta foi rainha.”

- Crônica del-Rei D. Fernando – fonte histórica muito importante para reconstituir o período que vai desde o casamento de D. Fernando com Leonor Telles até o início da Revolução de Avis. Pela leitura da obra sabe-se por exemplo, a reação popular ao casamento de D. Fernando, bem como o perfil psicológico do rei e de sua esposa.
- Crônica Del-Rei João I – essa crônica subdivide-se em duas partes: a primeira estende-se desde 1383, com a morte de D. Fernando, até 1385, com a aclamação de D. João como rei de Portugal; a segunda retrata o governo de D. João de 1385 até 1411, quando é assinada a paz com Castela.
Fernão Lopes deve ser estudado sob dois aspectos que se complementam perfeitamente: como historiador e como artista.
Fernão Lopes tinha um compromisso com a verdade histórica. Isso o conduz a uma imparcialidade na análise dos fatos, bem como a uma severa investigação das fontes, chegando mesmo a fazer crítica histórica ao discutir a veracidade das fontes. A visão histórica de Fernão Lopes afasta-se da herança medieval da narração dos acontecimentos palacianos; apesar de ser chamado de “o historiador da Revolução de Avis”, sua visão dos fatos não é regiocêntrica (o rei como centro de todos os acontecimentos), chegando mesmo a criticar certas atitudes dos reis. A esse respeito, assim, se manifesta Antônio José Saraiva no primeiro volume de sua História da cultura de Portugal:

“Fernão Lopes sai fora desta regra geral (...) pela audácia com que arranca as máscaras e os mantos enganadores para nos dar, em vez de reis, príncipes ou cavaleiros, homens de carne e osso. Várias classes sociais, múltiplos aspectos da vida atraíram a sua penetrante observação e, mais do que a observação, a compreensão.”
Dessa forma, o cronista nos dá uma visão de conjunto da sociedade portuguesa da época, analisando os mais variados setores que a compunham, ressaltando principalmente a importância dos fatores econômicos e a participação do povo, a quem tratava de “arraia-miúda” ou “barrigas-ao-sol”.
A par dos méritos de historiadores, Fernão Lopes nos aparece com outro valor: era um verdadeiro artista literário, redigindo em estilo simples (apesar do português arcaico), com amplo domínio das palavras. Certas narrações aproximam-se muito da técnica novelística, constituindo quase uma conversa com o leitor, ao mesmo tempo em que traçam excelentes quadros de comportamento e perfis humanos de D. João, D. Leonor Telles. D. Fernando, D. Pedro I, todos com sua ambições e fraquezas, atos de bravura e covardia.
O sucesso de Fernão Lopes foi Gomes Eanes Zurara, responsável por um retrocesso, pó apresentar uma visão de história senhorial, regiocêntrica, sem preocupação com a veracidade dos fatos. Zurara apenas escreveu sobre as conquistas ultramarinas a partir da terceira parte da Crônica Del-Rei D. João I, que trata da Tomada de Ceuta.Vasco Fernandes de Lucena, Rui de Pina, Duarte Galvão e Garcia de Resende completam a lista de cronistas do período do Humanismo em Portugal.

Leitura
Crônica del-Rei D.Pedro I
Transcreve-se a seguir, um trecho do capítulo XXXI da Crônica del-Rei D. Pedro I, no qual Fernão Lopes narra a morte dos assassinos de Inês de Castro. Segundo consta, três eram os assassinos: Alvoro Gonçalvez, Pero Coelho e Diego Lopes; o terceiro conseguiu escapar, livrando-se da morte, fato que deixou el-Rei muito magoado.
A Portugal foram tragidos Alvoro Gonçalvez e Pero Coelho, e chegaron a Santarem onde elRei Dom Pedro era; e elRel com prazer de sua vinda, porem mal magoado por que Diego Lopes fugira, os sahiu fora arreceber, e sanha cruel sem
piedade lhos fez per sua maão meter a tromento, querendo que lhe confessassem quaaes forom da morte de Dona Enes culpados, e que era o que seu padre trautava contreele, quando adavom desaviindos por aazo da morte dela; e nenhuum deles respondeo a taaes perguntas cousa que a elRei prouvesse; e elRei com queixume dizem que deu huum açoute no rostro a Pero Coelho, e ele se soltou enton contra elRei em desonestas e feas palavras, chamando-lhe treedor, fe prejuro, algoz e carneceiro dos
homeens; e elRei dizendo que lhe trouxessem cebola e vinagre pêra o coelho enfadousse deles a mandouhos matar.
A maneira de su morte, seendo dita pelo meudo seria mui estranha e crua de contar, ca mandou tirar o coraçom pelos peitos a Pero Coelho, e Alvoro Gonçalcez pelas espadoas; e quaaes palavras ouve, e aquel que lho tirava que tal oficio avia pouco em costuma, seeria bem doorida cousa douvir;enfim mandoulhos queimar; e todo feito ante os paaços onde el pousavava, de guisa que comendo oolhava quanto mandava fazer. Muito perdeo elRei de sua boa fama por tal escambo este, o qual foi avudo em Portugal e em Vastela por mui grande mal, dizendo todolos boons que o ouviam, que os Reis erravom mui muito hindo contra suas verdades, pois que estes cavaleiros estavom sobre segurança acoutados em seus reinos.

LOPES, Fernão. In: Fernão Lopes – Crônicas. Rio de Janeiro, AGIR, 1968. p. 23.

Atente para a narrativa de Fernão Lopes e suas interessantes construções, como no trecho em que narra a morte dos assassinos. Observe que há uma frase principal em que o autor afirma que não vai contar a “maneira das mortes” e, no meio dessa frase, conta como foram arrancados os corações dos dois homens. A frase aqui chamada de principla seria a seguinte:

“A maneira de suas mortes, contada em detalhes, seria muito estranha e crua de contar (... ca mandou ... em costume,), seria bem dolorida de ouvir.”

a propósito do texto

1. O que fazia el-Rei enquanto os dois homens eram assassinados? Justifique sua resposta com uma passagem do texto.

2. Cite e comente uma característica de Fernão Lopes presente no texto.

3. Observe que no texto aparecem as palavras Coelho (substantivo próprio) e coelho (substantivo comum). Explique o significado de cada uma.

4. Você concorda com a crítica que Fernão Lopes faz aos reis nas últimas linhas do texto? Por quê?

A poesia palaciana

A poesia palaciana (assim chamada por sei feita por nobres para a nobreza) ou quatrocentista (por se desenvolver nos anos de 1400) representa uma decadência na poesia portuguesa. Entre as causas desse empobrecimento, citam-se: a nova nobreza da dinastia de Avis, menos requintada e mais austera; o espírito comercial; o enriquecimento da burguesia; as mudanças formais do texto; a pobreza dos temas palacianos (os modismos, as festas, os tipos de vestidos e de chapéus etc.).
Toda a poesia desse período foi compilada por Garcia de Resende em seu Cancioneiro geral, publicado em 1516. São cerca de 100 poesias de 286 autores (dos quais 29 escreviam em castelhano), representando os mais variados tipos de texto.
Aspectos formais da poesia palaciana.
A principal modificação apresentada pela poesia quatrocentista é a separação entre a música e o texto. Isto ocasiona um apuro formal: os textos apresentam um ritmo próprio a partir da métrica, da rima, das sílabas tônicas e átonas; uma melodia, enfim. Os versos mais comuns no Cancioneiro geral são as redondilhas, que podiam ser de dois tipos: redondilha maior (verso de sete sílabas poéticas) e redondilha menor (versos de cinco sílabas poéticas).






Aspectos temáticos da poesia palaciana
No Cancioneiro geral encontram-se temas variados, os quais resultam em textos que vão da poesia religiosa à satírica, passando pela poesia dramática, heróica e lírica.
Na poesia lírica quatrocentista, pela própria característica palaciana, notamos a permanência de uma tradição das cantigas de amor, com o homem declarando seu amor a uma dama inatingível. Entretanto, a sensualidade reprimida nas cantigas de amor brota à flor dos versos ao lado de uma profunda idealização da mulher, segundo o modelo italiano de Petrarca: a mulher é perfeita física e moralmente, com longos cabelos louros, olhos azuis ou verdes, lábios vermelhos, a pele alva, com maçãs do rosto róseas, a postura discreta, serena, elegante.
Importante é notar que o ideal romântico de mulher tem origem nas idealizações femininas medievais.

Leitura - Texto 1: Cantiga

Senhora, partem tam trites
meus olhos por vós, meu bem,
que nunca tam tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.

Tam tristes, tam saudosos,
tam doentes da partida,
tam cansados, tam chorosos,
da morte mais desejosos
cem mil vezes que da vida.
Partem tam tristes os tristes,
tam fora d’esperar bem,
que nunca tam tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.

CASTELO-BRANCO, João Roiz de. In: Antologia da poesia portuguesa. op. cit, p. 742


Texto 2
Cantiga
Acho que me deu Deus tudo
para mais meu padecer:
os olhos – para nos ver,
coração – para sofrer,
e língua – parar ser mudo.

Olhos com que vos olhasse,
coração que consentisse,
língua que me condenasse:
mas não já que me salvasse
de quantos males sentisse.
Assi que me deu Deus tudo
para mais meu padecer:
os olhos – para vos ver,
coração – para sofrer,
e língua – para ser mudo.

SOUSA, Francisco de. In: SPINA, Segismundo. Presença da literatura portuguesa – Era Medieval 4. Ed. São Paulo, Difel, 1971. p. 136.


a propósito dos textos

1. Os dois textos apresentados caracterizam-se por uma melodia bem própria aos temas tratados. Os poetas (notadamente o autor do texto 1) trabalham o ritmo das palavras, a rima, a métrica. Faça a contagem de sílabas poéticas dos primeiros versos de cada texto. Qual a métrica utilizada?

2. Você diria que o texto 1, por sua temática, aproxima-se mais das cantigas de amigo ou das de amor? Justifique.

3. Nas cantigas do Cancioneiro geral há uma constante que chama a atenção do leitor: os olhos do home apaixonado. Nos dois textos apresentados, qual o significado dos “olhos”, o que eles representam, qual o papel desempenhado pelos “olhos” em relação ao sofrimento amoroso?

4. Explique o verso “língua que me condenasse” dentro do contexto da cantiga de Francisco de Sousa (texto2).

O teatro popular – Gil Vicente
Gil Vicente é considerado o criador do teatro português pela apresentação, em 1502, de seu Monólogo do vaqueiro (também conhecido como Auto da visitação). Entretanto, seria errôneo afirmar que não houve representações anteriores a Gil Vicente em Portugal.

O que existia de fato, eram representações cênicas e não textos elaborados para representação que é o que caracteriza a atividade literária.
Durante a Idade Média podemos distinguir dois tipos de encenação: as religiosas ou litúrgicas e as profanas.
As encenações religiosas ou litúrgicas eram apresentadas no interior das igrejas e dividiam se em:
- mistério: representação de uma passagem da vida de Cristo, normalmente realizada na época do Natal ou da Páscoa;
- milagre: representação de um milagre operado por um santo;
- moralidade: representação dramática com o intuito de moralizar os costumes.
As encenações profanas (assim chamadas por serem realizadas fora das igrejas – pro, ‘antes’, ‘fora’ e fanum, ‘templo’) podiam ser de dois tipos:
- arremedilho ou arremedo: imitação cômica de pessoas ou de acontecimentos;
- momos: encenações carnavalescas, de temática muito variada, apresentando personagens mascarados.

Os primeiros textos elaborados para serem representados foram os de Gil Vicente.

Sobre a vida de Gil Vicente pouco se sabe. Teria nascido por volta de 1465. A primeira data seguramente ligada ao poeta é o ano de1502, quando na noite de 7 para 8 de junho recitou o Monólogo do vaqueiro no quarto de D. Maria, esposa de D. Manuel, que acabava de dar à luz o futuro rei D.João III. Durante 34 anos produziu textos teatrais e algumas poesias, sendo que sua última peça – Floresta de enganos – data de 1536. Supõe-se que o artista tenha morrido por volta de 1537. Se nada se sabe a respeito de sua origem, podemos afirmar com certeza que viveu a vida palaciana como funcionário da corte e que possuía bons conhecimentos da língua portuguesa, bem como do castelhano, do latim e de assuntos teológicos.

A produção completa de Gil Vicente constitui-se de 44 peças, sendo 17 escritas em português,11 em castelhano e 16 bilíngues , além de ter sido colaborador de Garcia de Resende no Cancioneiro geral. A influência castelhana também é sentida na estrutura e na temática de suas peças: os autos pastoris denotam influência de Juan del Encima, e as farsas de Torres de Naharro.

O teatro vicentino é basicamente caracterizado pela sátira, criticando o comportamento de todas as camadas sociais: a nobreza, o clero e o povo.

Apesar da sua profunda religiosidade, o tipo mais comumente satirizado por Gil Vicente é o frade que se entrega a amores proibidos chegando a enlouquecer de amor, à
ganância na venda de indulgências, ao exagerado misticismo, ao mundanismo, à depravação dos costumes. Criticou desde o frade de aldeia até o alto clero dos bispos,
cardeais e até mesmo o papa. Criticou também aqueles que rezavam mecanicamente; os que, invocando Deus, solicitavam favores pessoais; e os que assistiam à missa por obrigaçãosocial. Para exemplificar, leia este diálogo entre um sapateiro e o Diabo:

“Sapateiro: Quantas missas eu ouvi,
nom me hão elas de prestar?
Diabo: Ouvir missas, então roubar –
É caminho para aqui.”

Auto da barca do Inferno

Curioso é também perceber que o Diabo nunca força ninguém ao pecado, ele apenas trabalha com as atitudes das próprias pessoas. Na peça Auto da feira, o Diabo, ao morar sua banca para oferecer os pecados, é interpelado por um serafim e assim
argumenta:

“E há de homens ruins
mais mil vezes que não bons,
como vós mui bem sentis.
E estes hão-de-comprar
disto que trago a vender,
que são artes de enganar,
e cousas para esquecer,
o que deviam lembrar.
(...)

Toda a glória de viver
das gentes é ter dinheiro,
e quem muito quiser ter
cumpre-lhe de ser o primeiro
o mais ruim que puder.
(...)

mas cada um veja o que faz,
porque eu não forço ninguém.
Se me vem comprar qualquer
clérugo, ou leigo, ou frade
falsas manhas de viver,
muito por usa vontade,
senhor, que lhe hei-de fazer?”

A baixa nobreza representada pelo fidalgo
decadente e pelo seu escudeiro é outra faixa
social insistentemente criticada pelo autor.
Por outro lado,o teatro vicentino satiriza o povo que abandona o campo em direção à cidade ou mesmo aqueles que sempre viveram na cidade, mas que, em ambos os casos, se deixam corromper pela perspectiva do lucro fácil. Isso explica a defesa e o carinho que Gil Vicente tem para com um tipo:
o Lavrador, talvez o verdadeiro povo, vítima da
exploração de toda a estrutura social. No Auto
da barca do Purgatório, o Lavrador assim se
manifesta:

“Sempre é morto quem do arado
há-de viver.
Nós somos vida das gentes
e morte de nossas vidas;
e tiranos – paciente
que a unhas e a dentes
nos tem as almas roídas.
(...)

o lavrador
não tem tempo nem lugar
nem somente d’alimpar
as gotas do seu suor.”

Riquíssima é a galeria de tipos humanos que formam o teatro vicentino: o velho apaixonado que se deixa roubar; a alcoviteira; a velha beata; o escudeiro fanfarrão; o médico incompetente; o judeu ganancioso; o fidalgo decadente;
a mulher adúltera; o padre corrupto. Gil Vicente não tem a preocupação de fixar
tipos psicológicos, e sim de fixar tipos sociais. Observe que a maior parte dos
personagens do teatro vicentino não tem nome de batismo, sendo designados
pela profissão ou pelo tipo humano que representam.
Quanto à forma,à utilização de cenários e montagens, o teatro de Gil Vicente é extremamente simples. Tampouco obedece às três unidades do teatro clássico – ação, lugar e tempo. Seu texto apresenta uma estrutura poética, com o predomínio da redondilha maior,havendo mesmo várias cantigas no corpo de suas peças.

Outro aspecto a salientar no teatro vicentino aparece como conseqüência natural de seu momento histórico: ao lado de algumas características tipicamente medievais (religiosidade, uso de alegorias, de redondilhas, não-obediência às três unidades do teatro clássico), percebem-se características humanas, tais como a presença de figuras mitológicas, a condenação à perseguição aos judeus e cristãos novos, a crítica social.


Leitura : Auto da Lusitânia
O Auto da Lusitânia foi escrito em 1532, sendo portanto uma das últimas peças de Gil Vicente. Classifica-se como uma fantasia alegórica. A peça é dividida em duas partes distintas:
- na primeira parte, assiste-se às atribuições de uma família judaica;
-na segunda parte, assiste-se ao casamento de Portugal, cavaleiro negro, com a princesa Lusitânia. Os dois diabos que aparecem no texto vêm presenciar o casamento e escutam o entre Todo o Mundo e Ninguém.
Todo o Mundo e Ninguém
(1532)

Figuras: Ninguém, Todo o Mundo, Berzebu e Dinato.
(Estão em cena dois diabos, Berzebu e Dinato, este preparado para escrever.)
_________________________

Entra Todo o Mundo, homem como rico mercador, e faz que anda buscando algua cousa que se lhe perdeu; e logo após ele um homem, vestido como pobre. Este chama Ninguém, e diz:

Ninguém • Que andas tu i buscando?
Todo o • Mil cousas ando a buscar:
Mundo delas não posso achar,
porém ando porfiando
por quão bom é porfiar.
Ninguém • Como hás nome, cavaleiro?
Todo o • Eu hei nome Todo o Mundo,
Mundo e meu tempo todo inteiro
sempre é buscar dinheiro
e sempre nisto me fundo
Ninguém • E eu hei nome Ninguém
e busco consciência.


[Berzebu para Dinato]
Berzebu • Esta é boa experiência!
Dinato, escreve isso bem.
Dinato •Que escreverei, companheiro?
Berzebu • Que Ninguém busca consciência,
e Todo o Mundo busca dinheiro.


[Ninguém para Todo o Mundo]
Ninguém • E agora que busca lá?
Todo o • Busco honra muito grande
Mundo
Ninguém • E eu virtude, que Deos mande
que tope co’ela já.

[Berzebu para Dinato]
Berzebu • Outra adição nos açude:
escreve logo i a fundo,
que busca honra Todo o Mundo
e Ninguém busca virtude.
Ninguém • Buscas outro mor bem qu’esse?
Todo o • Busco mais quem me louvasse
Mundo tudo quanto eu fezesse.
Ninguém • E eu quem me repreendesse
em cada cousa que errasse.

[Berzebu para Dinato]
Berzebu • Escreve mais.
Dinato • Que tens sabido?
Berzebu • Que quer um extremo grado
Todo o Mundo ser louvado,
e Ninguém ser repreendido.

[Ninguém para Todo o Mundo]
Ninguém • Buscas mais, amigo meu?
Todo o • Busco a vida e quem ma dê.
Mundo
Ninguém • A vida não sei quem é,
a morte conheço eu.

[Berzebu para Dinato]
Berzebu • Escreve lá outra sorte.
Dinato • Que sorte?
Berzebu • Muito garrida
Todo o Mundo busca a vida,
E ninguém conhece a morte.

[Todo o Mundo pra Ninguém]
Todo o • E mais queria o Paraíso
Mundo sem mo ninguém estrovar
Ninguém • E eu ponho-me a pagar
quanto devo pera isso.

[Berzebu para Dinato]
Berzebu • Escreve com muito aviso.
Dinato • Que escreverei?
Berzebu • Escreve
que Todo o Mundo quer o paraíso,
e Ninguém paga o que deve.

[Todo o Mundo para Ninguém]
Todo o • Folgo muito d’enganar,
Mundo e mentir naceo comigo.
Ninguém •Eu sempre verdade digo,
sem nunca me desviar.



[Berzebu para Dinato]
Berzebu • Ora escreve lá, compadre,
não sejas tu preguiçoso!
Dinato • Quê?
Berzebu • Que Todo o Mundo é mentiroso
e Ninguém diz a verdade.

(VICENTE, Gil. “Auto da Lusitânia”.Iin: Teatro de Gil Vicente. 5. ed. Lisboa, Portugália, 1972, p. 301-4.)
a propósito do texto

1. Comente as figuras de Todo o Mundo e Ninguém, caracterizando-as.

2. Comente as falas de Berzebu. O que elas representam?

3. Qual a postura de Berzebu e de Dinato? São passivos ou ativos? O que pretende Gil Vicente com isso?

4. Destaque dois aspectos formais do texto e comente-os.

5. Você concorda com a fala de Berzebu: “Que Ninguém busca consciência e Todo o Mundo dinheiro”? Por quê?


Exercícios e testes

1. “Se outros porventura em esta crônica buscam formosura e novidade de palavras, e não a certeza das histórias, desprazer-lhe-á nosso razoado...
Que lugar nos ficaria para a formosura e novidade de palavras, pois todo nosso cuidado em isto desprendido não basta para ordenar a nua verdade?”
Qual o autor das palavras acima? Que característica de sua obra podemos inferir do texto apresentado?

2. “O tipo mais insistentemente observado e satirizado é o clérigo, e especialmente o frade. Trata-se de fato de uma classe numerosíssima, presente em todos os setores da sociedade portuguesa, na corte e no povo, na cidade e na aldeia.”
O texto crítico refere-se a qual autor? Além do frade, cite um outro tipo humano satirizado pelo autor em questão.

3. Cantiga
“S’obedecera a razam
e resistira a vontade,
eu vivera em liberdade
e nam tivera paixam.

Mas, quando já quis olhar
s’em algum erro caíra,
achei ser tudo mentira,
s’a isto chamam errar:
que, seguir sempre razam
e nam mil vezes vontade,
é negar sensualidade,
cujo é o caraçam.”
(Duarte de Resende)
(razam = razão; nam = não; paixam = paixão; coraçam = coração)

a) Faça a contagem das sílabas poéticas da primeira estrofe.

b) Qual o esquema de rima utilizado pelo poeta?

c) Dê um sinônimo de vontade.

d) No texto, o poeta coloca uma oposição fundamental que vai caracterizar a poesia amorosa dos séculos seguintes. Comente-a.

4.Seu teatro caracteriza-se, antes de tudo, por ser primitivo, rudimentar e popular, muito embora tenha surgido e tenha se desenvolvido no ambiente da Corte, para servir de entretenimento nos animados serões oferecidos pelo Rei. Entre suas obras destacam-se Monólogo do Vaqueiro, Floresta de Enganos, O Velho da Horta, Quem tem farelos?. Trata-se de:
a) Martins Pena
b) José de Alencar
c) Gil Vicente
d) Arthur Azevedo
e) Sá de Miranda

5. Conquanto fizesse uma profissão de fé profissional no prólogo à Crônica del - Rei D. João, afirmando não reservar para o seu labor historiográfico um lugar para a ‘fremosura e afeitamento das palavras’, a preocupação estética é evidente...” O texto refere -se a:
a) Gomes Eanes Zurara
b) Fernão Lopes
c) Gil Vicente
d) Garcia de Resende
e) D. Dinis

Texto para as questões 6 e 7:
“Todo o mundo: - Folgo muito d’enganar
e mentir nasceu comigo.
Ninguém: - Eu sempre verdade digo.
Sem nunca me desviar.
(Berzebu para Dinato)
Berzebu: - Ora, escreve lá, compadre,
Não sejas tu preguiçoso!
Dinato: - Quê?
Berzebu: - Que Todo o Mundo é mentiroso.
E Ninguém diz a verdade.
(Auto da Lusitânia – Gil Vicente)


6 -No texto, Todo o Mundo e Ninguém constituem tipos:
a) arcaicos
b) alegóricos
c) amorais
d) políticos
e) religiosos

7 -O texto afirma que:
a) todo o mundo é mentiroso.
b) Ninguém é mentiroso.
c) todo o mundo diz a verdade.
d) ninguém diz a verdade.
e) Todo o Mundo é mentiroso.

8 - Aponte a alternativa correta em relação a Gil Vicente:
a) Compositor de caráter sacro e satírico
b) Introduziu a lírica trovadoresca em Portugal
c) Escreveu a novela Amadis de Gaula
d) Só escreveu peças em português
e) Representa o melhor do teatro clássico português

9 - Assinale a alternativa em que se encontra uma afirmação incorreta sobre a obra de Gil Vicente:
a) Sofre influência de Juan Del Encina, principalmente no teatro pastoril de sua primeira fase.
b) Seus personagens representam tipos de uma vasta galeria de estratos da sociedade portuguesa da época.
c) Por viver em pleno Renascimento, apega-se aos valores greco-romanos, desprezando os princípios da Idade Média.
d) Um dos maiores valores de sua obra é ter contrabalançado uma sátira contundente com o pensamento cristão.
e) Suas obras-primas, como a Farsa de Inês Pereira, são escritas na terceira fase de sua carreira, período de maturidade intelectual.

10. Na Farsa de Inês Pereira, Gil Vicente:
a) retoma a análise do amor do velho apaixonado, desenvolvida em O velho da horta.
b) mostra a revolta da jovem, que não pode escolher seu marido, tema de várias peças desse autor.
c) denuncia a revolta da jovem confinada aos serviços domésticos, o que confere atualidade à obra.
d) conta a história de uma jovem que assassina o marido para livrar-se dos maus-tratos.
e) aponta, quando Lianor narra as ações do clérigo, uma solução religiosa para a decadência moral de seu tempo.

11. Caracteriza o teatro de Gil Vicente:
a) a revolta contra o cristianismo
b) a obra escrita em prosa
c) a elaboração requintada dos quadros e cenários apresentados
d) a preocupação com o home e com a religião
e) a busca dos conceitos universais
12. Leia as três afirmações abaixo a respeito da Farsa de Inês Pereira.

I – Pode ser colocada como representante do teatro de costumes vicentinos
II – Encaixa-se na tradição da farsa medieval sobre adultério feminino desenvolvida por Gil Vicente.
III – Inês Pereira é uma moça que vive na vila e pretende subir de condição

a) Todas estão corretas.
b) Todas estão incorretas.
c) Apenas I e II estão corretas.
d) Apenas I e III estão corretas.
e) Apenas II e III estão corretas.

13. Vem o Anjo Custódio com a Alma e diz:

Anjo
Alma humana formada
De nenhuma cousa, feita
Mui preciosa,
De corrupção separada,
E esmaltada
Naquella frágoa perfeita
Gloriosa;
Planta neste valle posta
Pera dar celestes flores
Olorosas,
E pera serdes tresposta
Em a alta costa
Onde se crião primores
Mais que rosas;
Planta sois e caminheira,
Que ainda que estais, vos is
Donde viestes.
Vossa pátria verdadeira
He ser verdadeira
Da glória que conseguis:
Andae prestes”.

O texto acima transcrito pertence ao autor teatral de maior destaque na literatura portuguesa. Pelo próprio texto se pode identificar a época em que foi escrito. Assim, assinale, em uma das alternativas, a relação época-autor a que o texto pertence:

a) teatro medieval – Gil Vicente
b) teatro clássico – Luís de Camões
c) teatro romântico – Almeida Garret
d) teatro naturalista – Teixeira de Queirós
e) teatro moderno – Almada Negreiros

14. Leia o poema:
“Coração, já repousavas,
já não tinhas sojeição,
já vivias, já folgavas;
pois por que te sojugavas
outra vez, meu coração?

Sofre, pois te não sofreste
na vida que já vivias;
sofre, pois te tu perdeste
como t’outra vez perdias!

Sofre, pois já livre estavas
e quiseste sojeição;
sofre, pois te não lembravas
das dores de qu’escapavas;
sofre, sofre coração!”

A literatura portuguesa é fértil em obras onde se reúnem composições poéticas de diversos autores, obras a que normalmente se dá o nome geral de cancioneiros. E é através deles que se pode ter uma idéia exata da evolução da poesia nos primeiros quatro séculos de literatura peninsular, nomeadamente da passagem da poesia trovadoresca, com seus cenários simples e seu universo rural, para a poesia palaciana, que nos mostra jogos verbais e conceptuais mais elaborados.
A composição acima transcrita é de um cancioneiro famoso, publicado em 1516.
Assinale nas alternativas abaixo indicadas, o cancioneiro a que pertence.

a) Cancioneiro popular
b) Cancioneiro alegre, de Camilo Castelo Branco
c) Cancioneiro da Vaticana
d) Cancioneiro de Luís Franco Correia
e) Cancioneiro geral de Garcia de Resende

15. Atente-se para o texto:
“Então se despediu da Rainha, e tomou o Conde pela mão, e saíram ambos da câmara a uma grande casa que era diante, e os do Mestre todos com ele, e Rui Pereira e Lourenço Martins mais acerca. E chegando-se para o Mestre com o Conde acerca duma fresta, sentiram os seus que o Mestre lhe começava a falar passo, e estiveram todos quedos. E as palavras foram entre eles tão poucas, e tão baixo ditas, que nenhum por então entendeu quejandas eram. Porém afirmam que foram desta guisa:
- Conde, eu me maravilho muito de vós serdes homem a que eu bem queria, e trabalhardes-vos de minha desonra e morte!
- Eu, Senhor? disse ele. Quem vos tal cousa disse, men-tiu-vos mui grã mentira.
O Mestre, que mais tinha vontade de o matar, que de estar com ele em razões, tirou logo um cutelo comprido e envi-ou-lhe um golpe à cabeça; porém não foi a ferida tamanha que dela morrera, se mais não houvera.
Os outros todos, que estavam de arredor, quando viram isto, lançaram logo as espadas fora, para lhe dar; e ele movendo para se acolher à câmara da Rainha, com aquela ferida; e Rui Pereira, que era mais acerca, meteu um estoque de armas por ele, de que logo caiu em terra morto.
Os outros quiseram-lhe dar mais feridas, e o Mestre disse que estivessem quedos, e nenhum foi ousado de lhe mais dar.”
O texto transcrito acima é de Fernão Lopes e pertence à Crônica de D. João I.
As crônicas de Fernão Lopes caracterizam-se por tentarem re-produzir a verdade histórica como se esta tivesse sido testemu-nhada. Por outro lado, é com Fernão Lopes que a língua portuguesa inicia o percurso da sua modernidade.
Nestes termos, assinale, nas alternativas abaixo indicadas, a que melhor caracteriza o trecho transcrito da Crônica de D. João I.
a) Narração realista e dinâmica que quase nos faz visualizar os acontecimentos.
b) Fidelidade absoluta aos acontecimentos históricos.
c) Utilização de uma linguagem elevada, de acordo com a repro-dução dos fatos históricos.
d) Preocupação em mencionar os nomes de todas as pessoas presentes à morte do Conde.
e) Exaltação do feito heróico do Mestre ao matar o inimigo do Reino.
16. (UM-SP) Assinale a alternativa incorreta a respeito da obra de Gil Vicente.
a) Embora servisse para o entretenimento da Corte, seu teatro caracteriza-se por ser primitivo, rudimentar e popular.
b) Algumas de suas peça têm caráter misto, de oscilante classificação como o Auto dos quatro tempos.
c) Apresenta-se como traço de união entre a Idade Média e a Renascença.
d) Ao lado da sátira, encontram-se elevados valores cristãos.
e) Aprofunda-se nos valores clássicos, seguindo rigidamente os padrões do teatro grego.

81 comentários:

  1. O material sobre Humanismo é riquissimo, eu achei extremamente interessante o Auto da Lusitânia, a conversa entre Todo o Mundo e Niguém, em que eles relatam suas caracteristicas e Berzebu e Dinato comentam sobre o que eles ouvem. Berzebu pede que Dinato escreva tudo o que eles falam e dá características sobre o que Todo o Mundo e Ninguém quer e faz, essas características se enquadram perfeitamente ao nosso dia a dia, coisas que nos desejamos, mas que ninguém faz.
    Outro ponto que me chamou atenção foram todas as características históricas que podemos relacionar durante o estudo, como a monarquia se fortaleceu com a crise sofrida pelo sitema feudal e como a figura do poder nas mãos do rei foi cada vez mais presente.
    Podemos destacar as crônicas que relatavam sobre a vida dos nobres: D. Pedro, D. João III, entre outros. Merece destaque o envolvimento de D. Pedro com Inês de Castro, que era dama de companhia da Constância, sua esposa e como, mesmo depois de ser assassinada, D. Pedro a coroou e a tornou rainha, mesmo apos sua morte.
    Outro ponto que merece destaque, é a criação do teatro popular, que trazia ao povo características do povo, tais como o velho apaixonado que se deixa roubar; a alcoviteira; a velha beata; o escudeiro fanfarrão; o médico incompetente; o judeu ganancioso; o fidalgo decadente;
    a mulher adúltera; o padre corrupto, entre outros. Eram criadas satiras tanto religiosas, quanto não religiosas, que traziam críticas a quem invocava Deus somente para pedir favores, quem assitia a missa somente pode obrigação social, etc, assim como tipos humanos supracitados.
    O Humanismo nos trouxe caracteristicas unicas de todo um contexto histórico existente e de suas relações com a literatura da época, valeu muito a pena estudar sobre o assunto e ver nele todas as suas características.

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  2. Respostas das atividades:
    I) 1- Na crônica del-Rei D. Pedro I de Fernão Lopes, enquanto os homens, acusados de matar Enes, eram assassinados, el- Rei comia; isso se comprova por[...]el- Rei dizendo que lhe trouxessem cebola e vinagre pêra o coelho enfadousse deles e mandouhos matar [...]" "e todo feito ante os paaços onde el pousava, de guisa que comendo oolhava quanto mandava fazer[...]".

    2- É interessante a coragem de Fernão Lopes em criticar certas atitudes dos reis em suas crônicas , considerand-se que nesse período, eram , severamente, punidas as pessoas que ficasxem aversas ao sistema monárquico imposto.

    3-" Coelho" é o sobrenome de um dos três acusados de matar Enes, ou seja, refere-se a uma pessoa a palavra iniciada por letra maiúscula. Já a forama " coelho" com a inicia minúscula indica o animal que el-Rei comia.

    4- Concordo quando Fernão Lopes diz que os reis erram ao agiram conta a verdade e assim, quando descobertas, suas ações, eles perdem o prestígio popular.

    II) 1- Análise doo texto I: SE/ NHO/ RA/ PAR/ TEM/ TAM/ TRIS/ tes - verso heptassílabo ( redondilha maior), ou seja, vesso com sete sílabas poéticas. Pela regra, obrigatoriamente, a sétima silaba deve ser acentuada( tônica) e para as outras é facultativo. Neste caso, tem-se, portanto, E.R. 7(2-7).
    Análise do texto II : A/ CHO/ QUE/ MEU/ DEUS/ TU/ do - verso hexassílabo ( seis sílabas poéticas), na qual a sexta é acentuada, obrigatoriamente, mas há ainda a primeira sílaba acentuada; tem-se , então E.R.(1-6).

    2- O texto I aproxima-se das cantigas de amor, uma vez que o eu-lírico sofre poe ver sua amada " Senhora, partem tam tristes/ meus olhos por vós, meu bem[...]" e, provavelmente, por esse aomr não ser realizado, assim o eu-lírico sofre e usa da sdor de ver seu amor, ou de vê-la partir, para expressar seu pesar e os olhos " cansados", " chorosos", " tristes", " desejosos da morte", expressam sua dor.

    3- No texto I, os olhos aparecem como a parte do homem apaixonado que ao ver a partida de sua amada, sofrem, mas seu pesar, é claro, refere-se a sua mente, ao sofrimento no eu-lírico por completo, mas ,aqui, foram usados os olhos como uma metonímiada dor completa desse eu-lírico. No texto II, os olhos aparecem com a função que corresponde ao sentido da visão: " ver" e assim como as outras partes, contudo como o ue-lírico sofre, o ato de ver, aqui, é tido como um castigo a ele: " Acho que me deu Deus tudo/ para mais meu padecer[...]".

    4- Entende-se por " língua que me condenasse" a correspondência do desejo do eu-lírico de falar, mas talvez, falar coisas inadequadas à amada, por isso a língua iria condená-lo, pois teria que sofrer as consequências de uma fala intempestiva.

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  3. III) 1- Gil Vicente, no seu teatro, preocupou-se em apresentar a sociedade nãopoessosa especificadamente, isto é, focava as classes sociais e para isso, usava com frequência, como personagens identificação por profissões do povo e não nomes próprios para particularizá-los. Assim quando ele cria, no Auto da Lusitânia,personagens chamados Todo o Mundo e Ninguém quer, Gil Vicente, referir-se a população, assim as característcas de Todo o Mundo representam às de todo o mindo e as características de Ninguém representam às de pessoa alguma.

    2- Considerando-se que as personagens Todo o Mundo referia-se à toda a população e que Ninguém corresponderia à a pessoa alguma da sociedade, pode-se perceber que quando Berzebu conclui as falas das perconagens mostra que as pessoas de maneira geral são mentirosas e que nenhama pessoa diz a verdade, por conseguinte há uma críitica.
    3- Com relação ao fato ocorrido, Berzebu e Dinato são passivos, uma vez que não interferem na forma de comportamento de Todo o Mundo ( toda a população) e Ninguém ( pessoa alguma). Gil Vicente pretende mostrar que os demônios não praticam ações para persuadir as pessoas a fazerem coisas erradas, eles apenas observam-nas e agem sobre o comportamento humano.
    4- O texto é estruturado em versos e apresenta rimas.
    5-Apesar de o auto tyer sido escrito no século XVI, percebe-se que as características de que ninguém tem consciência e que todas as pessoas buscam ter dinheiro ainda resistem na sociedade do século XXI, assim concordo co a fala de Berzebu.

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  4. III) 1- As palavras são de Fernão Lopes. Pode-se retirar do fragmento, como características de suas obras a preocupação com a verdade e a certeza das histórias através da observação e análise dos fatos.
    2- Agrande sátira aos frades no período humanista veio de Gil Vicente no seu teatro popular. Ele ainda satirizou: a alcoviteira, a beata, a mulher adúltera, o médico incompetente, o judeu ganancioso, etc.
    3-a) S' o/ be/ de/ ce/ ra a/ ra/ zam/
    b)E.R.7(4-7)
    c) vontade- sinônimos: tentação, pecado
    d) Amulher aqui é vista e admirada pelas suas características físicas e humanas, não somente idealizada e divinizada. Pode-se perceber isso pelos versos: " [...] que, seguir sempre a razam/ e nam mil vezes a vontade/ é negar sensualidade, cujo é o caraçom."
    4- Gil Vicente
    5- Fernão Lopes
    6- Religiosos
    7- todo o mundo é mentiroso
    8- Compositor se caráter sacro satírico
    9- c) Por viver em pleno Renascimento, apega-se aos valores greco-romanos, desprezando os princípios da Idade Média.
    10- c) denuncia a revolta da jovem confinada aos serviços domésticos, o que confere atualidade à obra.
    11-a) a preocupação do homem com a religião.
    12-b) Todas estão incorretas.
    13-a) teatro medieval-Gil Vicente
    14-e) Cancioneiro geral de Garcia Resende
    15-e) Exaltação do feito heroico do Mestre ao matar o inimigo do Reino
    16-e) aprofunda-se nos valores clássicos, seguindo rigidamente os padrões do teatro grego.

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  5. Humanismo Português

    O humanismo tem como ponto de partida a nomeação de Fernão Lopes para o cargo de cronista-mor da Torre do Tombo. Neste período, desenvolveu-se a prosa e o teatro popular, representado por Gil Vicente.

    >Momento Histórico : Esse momento é marcado pela retomada da cultura clássica, por uma economia pautada da cultura clássica, por uma economia pautada em atividades comerciais, pelo pensamento antropocêntrico e a queda do sistema feudal.

    >A produção literária : A produção literária da época tem como referência o cronista Fernão Lopes, que deixou três crônicas : Crônica Del-Rei D. Pedro I, o autor narra os principais acontecimentos do reinado de D. Pedro I; Crônica Del-Rei D. Fernando, é narrado o casamento do rei e o início da Revolução de Avis; e a Crônica Del-Rei João I, o autor narra a morte de D. Fernando, a aclamação de D. João como rei e a pacificação entre Portugal e Castela.

    • Trecho da Crônica Del-Rei D. Pedro I

    1 – El – Rei D. Pedro I comia e olhava os homens serem mortos e dava ordens a respeito do assassinato.

    2 – No último parágrafo do trecho, o autor faz uma crítica considerando má a atitude do rei. Esta é uma característica do autor que, por não ter uma visão regiocêntrica, critica as atitudes do rei.

    3 – A palavra ´´ Coelho ´´ é o sobrenome de um dos assassinos de Inês. E a palavra ‘’coelho’’ se refere ao homem de sobrenome Coelho.

    4 – Concordo com a crítica feita pelo autor, pois um rei não deve matar seus inimigos, pois estes fazem parte da população que ele tem a responsabilidade de zelar.

    >A poesia palaciana : Essa poesia era muita feita por nobres, entretanto, foi sofrendo uma decadência por influência do contexto da época.
    Houve a separação da música e do texto, ocasionando um apuro formal. Encontra-se na poesia palaciana temas como sátira, religião, drama, heroísmo e lirismo. Há, ainda, a permanência das cantigas de amor, porém, surge nos versos um caráter sensual ao idealizar a mulher amada.

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  6. • Texto 1 : Cantiga, Texto 2 : Cantiga

    1 – A métrica utilizada no texto 1 é a redondilha menor, os versos possuem cinco sílabas poéticas. E a métrica usada no texto 2 é a redondilha maior, os versos possuem sete sílabas poética.

    2 – O texto 1 aproxima-se das cantigas de amor, pois o eu lírico é masculino e demonstra um grande sofrimento por não ter a amada. Ao chamar a mulher de Senhora, o eu lírico mostra que ela é nobre, assim, esse amor não pode ser concretizado.

    3 – Os olhos são a forma que o eu lírico tem de aproximar-se da amada, pois esse não pode tocá-la , então a contempla com a visão. A tristeza do eu lírico é representada pelos olhos que não poderão ver mais a pessoa amada. O sofrimento amoroso, nos textos, é representado pelos olhos que choram, que não vêem mais a amada e ficam, até mesmo, doentes pela dor vivida.

    4 – O verso destacado ‘’ língua que me condenasse ‘’ refere-se a atitude do eu lírico de não obedecer ao que Deus lhe deu, isto é, ele recebeu uma língua para ser mudo e , se agora a língua o condena é porque falou coisas que não devia.

    >O teatro popular – Gil Vicente : O teatro com textos elaborados para representação foi criado por Gil Vicente. Havia, na época, as encenações religiosas e profanas.
    O teatro vicentino tem como característica a crítica feita à sociedade da época : a nobreza, o clero e o povo.

    • Autos de Gil Vicente

    1 – A figura de Todo o Mundo, na peça, pode ser caracterizada pela ganância, vanglória, mentira e a figura de Ninguém pode ser caracterizada por muitas virtudes e atitudes que faz com que ele possa merecer as coisas boas da vida, pois sempre diz a verdade, paga suas dívidas, quer ser repreendido, etc.

    2 – As falas de Berzebu representam uma observação feita ás atitudes das pessoas, para que ele passa a conhecer as vontades dos humanos e , assim, agir, pois o diabo não obriga ninguém a pecar, apenas trabalha as atitudes das pessoas.

    3 – As atitudes dos diabos são ativas, pois eles observam as vontades e fraquezas humanas para conduzi-los ao pecado.
    O objetivo de Gil Vicente é mostrar que todas as pessoas estão sendo representadas pelo personagem ‘’ Todo o Mundo ‘’ mostrando, assim, como a humanidade é perversa e mesquinha. O personagem ‘’ Ninguém’’ não existe, pois ele é caracterizado por qualidades e virtudes que, para Gil Vicente, as pessoas não possuem.

    4 – Pode-se destacar na peça de Gil Vicente, quando a forma, a ocorrência de rimas dando musicalidade ao texto. Ocorre, também, os versos com sete sílabas poéticas ( redondilha maior ), assim, percebemos que o texto de Gil Vicente apresenta uma estrutura poética.

    5 – Concordo parcialmente com a fala do diabo, pois a maioria das pessoas buscam apenas ganhar dinheiro, porém, há uma parte da população que não se prende apenas ao dinheiro e procura ter consciência de suas atitudes.

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  7. • Exercícios e testes

    1 – O autor do teto citado é Fernão Lopes. Este autor era cronista, artista literário e historiador. Tinha um amplo domínio das palavras. Escrevia seus textos no contexto da Revolução de Avis, entretanto, não tinha uma visão regiocêntrica, chegando até a criticar atitudes dos reis.

    2 – O texto citado é do autor Gil Vicente. Em suas peças, ele satirizava a velha beata, a alcoviteira, o escudeiro fanfarrão , o médico incompetente, o judeu ganancioso, o fidalgo decadente, entre outros.

    a)- A primeira estrofe do poema tem sete sílabas poéticas ( redondilho maior ) .

    b)- O autor utilizou as rimas intercaladas.

    c) – O sinônimo de vontade, no contexto, servia a palavra desejo .

    d)- O poeta coloca uma oposição que caracteriza a poesia amorosa, essa oposição é vista quando o eu lírico diz que irá obedecer a razão, resistir a vontade, viver em liberdade, tudo isso em relação ao sentimento pela mulher, diferentemente do sentimento vivido nas cantigas de amor em que o eu lírico sofria, era vassalo da mulher e o amor era concretizado.

    4 – Letra ‘’C’’
    5 - Letra ‘’B’’
    6 – Letra ‘’B’’
    7 – Letras ‘’A’’ e ‘’D’’
    8 – Letra ‘’A’’
    9 - Letra ‘’ C ‘’
    10 – Letra ‘’ B ‘’
    11 - Letra ‘’E’’
    12 – Letra ‘’ C ‘’
    13 – Letra ‘’ A ‘’
    14 – Letra ‘’ E ’’
    15 – Letra ‘’ B ‘’
    16 – Letra ‘’ E ’’

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  9. EXERCÍCIO 1
    1) El-Rei estava comendo enquanto os dois homens eram assassinados.
    “...enfim mandoulhos queimar; e todo feito ante os paaços onde el pousavava, de guisa que comendo oolhava quanto mandava fazer.”

    2) Uma característica de Fernão Lopes que pude perceber no texto é o seu compromisso com a verdade histórica e a sua justa análise dos fatos. Nota-se essas características na passagem: “A maneira de su morte, seendo dita pelo meudo seria mui estranha e crua de contar...”. Aqui Fernão Lopes não afirma e nem testemunha com veemência como ocorreu a morte dos assassinos de Inês de Castro, mas descreve como se fosse algo passado via oral, sem palavras concretas, por isso escreve “dita pelo miúdo”.

    3) Coelho, substantivo próprio, se refere a Pero Coelho, um dos assassinos de Inês de Castro. E coelho, substantivo comum, se refere a animal, talvez poderia ser a carne deste animal (o coelho) a refeição de el-Rei, D. Pedro I, observa isto no texto: “E el-Rei dizendo que lhe trouxessem cebola e vinagre pêra o coelho...”. E logo depois: “... de guisa que comendo oolhava quanto mandava fazer.”

    4) Sim. Porque os reis faziam leis ou pactos que eles próprios não cumpriam, e quando eles eram criticados, mesmo indiretamente, tomavam alguma providência para que tais infames fossem punidos. Os próprios reis, às vezes, eram contra seus próprios princípios.

    EXERCÍCIO 2
    1) Texto 1
    Se -nho -ra- par- tem- tam- TRIS (tes)
    1 2 3 4 5 6 7
    meus- o- lhos- por- vós- meu- BEM
    1 2 3 4 5 6 7

    Texto 2
    A- cho- que- me- deu- Deus- TU (do)
    1 2 3 4 5 6 7
    pa- ra- ma- is- meu- pa- de (cer)
    1 2 3 4 5 6 7
    A métrica utilizada foi a redondilha maior, versos de sete sílabas poéticas.

    2) O texto 1 aproxima-se das cantigas de amor, pois o eu-lírico é masculino, a amada está sendo tratada por senhora, e há um amor impossível de se realizar, o texto apresenta uma certa tristeza e solidão, são estas algumas das características das cantigas de amor.

    3) No texto 1, os olhos do homem apaixonado não verá mais sua amada, por dois possíveis motivos, ou o amado está indo embora ou a amada é quem foi embora, morar longe dele, ou também pode ser que o amado não verá mais sua amada pelo fato dela ter morrido, por isso ele deseja a morte.
    Já no texto 2, os olhos são sofrimentos para o homem apaixonado, afinal, “o que os olhos não veem o coração não sente”, então ele viu a amada e se apaixonou por ela, e sofre por vê-la com outro, ou de vê-la e não poder a ter ao seu lado.

    4)”Língua que me condenasse”. Entende-se ser a poesia cantada para o público, declarando o seu amor por uma dama, então tua própria língua o condena, as palavras que o amado profere são provas de um sentimento sem condições de cura ou mesmo indevido.

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  10. EXERCÍCIO 3
    1) Todo o Mundo está representando a classe burguesa, que busca ascensão do poder, quer ter o domínio sobre tudo e sobre todos, não pensa tanto na força espiritual, na fé, apenas a tem como imposição social e visa a obtenção de lucro e bens materiais. Segundo o texto, Todo o Mundo é descrito da seguinte maneira: ganancioso, pois busca dinheiro; vaidoso, quer ser louvado e honrado; é mentiroso; desfruta dos prazeres da vida e quer alcançar o paraíso.
    Ninguém representa a classe pobre, servil. Ele é inferior na questão de status quanto a Todo o Mundo, mas, percebe-se que quanto à sabedoria e discernimento ele é superior. Ninguém não possui nada de valor material, carrega em si virtude e modéstia. No texto, distingui-se de Todo o Mundo por buscar a verdade, querer ser repreendido pelos seus erros, pagar o que deve e por dizer a verdade.

    2) As falas de Berzabu representam uma balança. É como se ele medisse os valores que os homens carregam em si, tanto as suas virtudes quanto a sua vaidade e arrogância, tanto os seus desejos quanto os bens que já possuem. Assim o homem se apresenta com duplos valores, pois, nem todo o mundo é bom o bastante e ninguém é ingênuo o suficiente para ser usado e aceitar ser submisso a outra pessoa, como acontecia na idade média.

    3) Berzebu e Dinato quanto a postura, parece-me que eles gostam de escutar o que Todo o Mundo e Ninguém falam de si. Eles fazem uma comparação entre as qualidades e buscas de cada um, é como se Todo o Mundo e Ninguém revelassem seus segredos, seu verdadeiro caráter, que só eles próprios conhecessem.
    Berzebu e Dinato são passivos, pois não interferem no diálogo de Todo o Mundo e Ninguém, apenas escutam, fazem anotações e conversam entre si.
    Gil Vicente pretende mostrar os tipos humanos existentes; neste auto, um homem rico, arrogante, ganancioso, arrogante e vaidoso; e um homem pobre, com modéstia e virtude. Também fixa os tipos sociais, um burguês e um servo. Assim, Gil Vicente, apresenta em seu auto a moral, o caráter e o modo de vida de cada classe social.

    4) Texto composto em versos e discurso direto. Como todas as peças escritas até o final do século XVIII, o texto apresenta uma estrutura poética que ao longo do diálogo, sem intermediação de narrador, vai suceder em um entrechoque das personagens realizando-se através da sátira e crítica social, do comportamento das camadas sociais, nobreza/povo e dos valores humanos.

    5) Sim. Porque naquele momento histórico estava ocorrendo a grande expansão do comércio, resultado da expansão ultramarina. Portanto, naquele momento todo o mundo, todos os homens, principalmente a nobreza, queriam obter lucro, e ninguém possuía consciência de querer entender e fazer julgamento dos seus atos, apenas desejavam conseguir benefícios naquele momento.

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  11. EXERCÍCIO 4
    1) O autor é Fernão Lopes. Suas obras buscam contar fatos históricos, apoiados por informações e documentos que comprove a veracidade. Não há linguagem nem palavras que sejam difíceis para o leitor compreender, o vocabulário utilizado é simples.

    2) Gil Vicente. O autor também satiriza o fidalgo decadente, entre outros tipos humanos.

    3) a) S’o- be- de- ce- ra a- ra- ZAM
    1 2 3 4 5 6 7
    e- re- sis- ti- ra a- von- TA (de)
    1 2 3 4 5 6 7
    eu- vi- ve- ra em- li- ber- DA (de)
    1 2 3 4 4 5 7
    e- nam- ti- ve- ra- pai- XAM
    1 2 3 4 5 6 7

    b) o autor utiliza rimas do tipo ABBA. As rimas tipo “A” são chamadas interpoladas. As rimas “b” são emparelhadas. Também apresenta rima consoante, pois há semelhança de consoantes e vogais:
    “S’obedecera a razam A (AM)
    e resistira a vontade, B (ADE)
    eu vivera em liberdade B (ADE)
    e nam tivera paixam.” A (AM)

    c) Desejo.

    d) O poeta vai falar da sensualidade, o homem declara seu amor para uma mulher que é inacessível a ele, porém marca a poesia palaciana a sensualidade que antes era reprimida nas cantigas medievais, e esta sensualidade vem ao lado da idealização da mulher perfeita.

    4) Letra C
    5) Letra B
    6) Letra B
    7) Letra E
    8) Letra A
    9) Letra C
    10) Letra C
    11) Letra D
    12) Letra C
    13) Letra A
    14) Letra E
    15) Letra B
    16) Letra E

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  12. A PRODUÇÂO LITERÁRIA

    A crônica histórica – Fernão Lopes

    1. Enquanto os dois homens eram assassinados el-Rei degustava uma comida e assistia o assassinato. A passagem a seguir, retirada do texto, comprova a afirmação feita: “[...]enfim mandoulhos queimar; e todo feito ante os paaços onde el pousavava, de guisa que comendo oolhava quanto mandava fazer.”

    2. O historiador e artista Fernão Lopes era Imparcial, pois, tinha um maior compromisso com a verdade histórica e fazia uma severa investigação das fontes, e outra característica atribuída a Fernão Lopes era a audácia, pois, o mesmo mostrava-se sem medo a realidade da época e das pessoas da época.

    3. O primeiro “Coelho” em questão é o sobrenome de um dos assassinos de Inês, já o segundo coelho é o animal mesmo que o Rei iria comer.

    4. Sim. Os Reis detinham todo o poder em suas mãos e, por isso, tinham muitas responsabilidades a cumprir, mas como humanos que eram , nem sempre tomavam as atitudes mais acertadas e isso ajudava a acabar com a “fama” dos Reis.

    TEXTO 1: CANTIGA; TEXTO 2: CANTIGA

    1. TEXTO I
    Se/nho/ra,/ par/tem/ tam/ tri/tes
    meus /o/lhos/ por/ vós/, meu/ bem/,
    TEXTO II
    A/cho/ que/ me/ deu /Deus /tu/do
    pa/ra/ mais/ meu/ pa/de/cer/

    A métrica utilizada por ambos os textos é a redondilha maior, versos de 7 sílabas poéticas.

    2. A cantiga em questão aproxima-se mais da cantiga de amor, pois se trata de um amor cortês, uma coita de amor, de uma mulher inacessível, uma mulher de uma classe mais superior: “Senhora”.

    3. No Texto I, os olhos são aqueles que sofrem pela partida da amada. E no texto II, o eu-lírico utiliza seus olhos para ver amada, olhos estes dados por Deus para o fazer vê-los juntos.

    4. O eu lírico reclama de amada o condenar através de palavras.

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  13. AUTO DA LUSITÂNIA

    1. Todo Mundo representa a maior parte da população que anda sempre em busca de muita coisa(muitas vezes dinheiro, poder), mas na verdade nem sabe o que realmente quer encontrar. Já o Ninguém é a grande minoria que busca consciência, sabedoria. Percebe-se uma crítica ferrenha aos costumes da própria população. E uma ironia muito grande também.

    2. Berzebu tenta sempre ressaltar as falas de Todo Mundo e de Ninguém, com bastante ironia, pra ficarem bem explicitas as falhas.

    3. Berzebu e de Dinato são passivo, apenas concluem e anotam características de Todo Mundo e Ninguém. Gil Vicente com as falas de ambos procura criticar (de forma bastante irônica) as falhas das pessoa de um modo geral.

    4. “Ninguém • Que andas tu i buscando?” a segunda pessoa do singular. “Todo o Mundo • Mil cousas ando a buscar” a presença do hipérbato.

    5. Berzebu é um tanto quanto radical. Se não o fosse tanto, concordaria com ele... A maioria das pessoas buscam sim o dinheiro ao invés de consciência.

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  14. EXERCÍCIOS E TESTES

    1. O autor das palavras em questão é Fernão Lopes. Através dessas palavras fica claro o compromisso com a verdade que esse autor tinha.

    2. O texto refere-se a Gil Vicente. O autor também satirizava bispos, cardeais e até mesmo o papa.

    3. “S’o/be/de/ce/ra a /ra/zam/
    e /re/sis/ti/ra a /Von/ta/de,
    eu/ vi/vê/ra em /li/ber/da/de
    e/ nam/ ti/ve/ra/ pai/xam/.

    b) ABBA
    c) Desejo
    d)O autor caracteriza a dualidade da pessoa, uma eterna luta entre a vontade e a razão.Uma luta em tentar esconder os desejos e deixar que a razão sobressaia-se.

    4. c) Gil Vicente

    5. b) Fernão Lopes

    6 - b) alegóricos

    7 - e) Todo o Mundo é mentiroso.

    8 - a) Compositor de caráter sacro e satírico

    9 - c) Por viver em pleno Renascimento, apega-se aos valores greco-romanos, desprezando os princípios da Idade Média.

    10c) denuncia a revolta da jovem confinada aos serviços domésticos, o que confere atualidade à obra.

    11. d) a preocupação com o homem e com a religião

    12. c) Apenas I e II estão corretas.

    13. a) teatro medieval – Gil Vicente

    14. e) Cancioneiro geral de Garcia de Resende

    15. b) Fidelidade absoluta aos acontecimentos históricos.

    16.e) Aprofunda-se nos valores clássicos, seguindo rigidamente os padrões do teatro grego.

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  15. AMANDA OLIVEIRA
    EXERCICIO 1

    1. RESPOSTA: Percebe-se nesta crônica que el-Rei estava comendo enquanto os dois homens eram assassinados.Isso se confirma pela seguinte passagem: “mandou tirar o coraçom pelos peitos a Pero Coelho, e Alvoro Gonçalcez pelas espadoas; e quaaes palavras ouve, e aquel que lho tirava que tal oficio avia pouco em costuma, seeria bem doorida cousa douvir;enfim mandoulhos queimar; e todo feito ante os paaços onde el pousavava, de guisa que comendo oolhava quanto mandava fazer.”
    2.É interessante pensarmos na escrita de Fernão Lopes o seu interesse pelo lado humano dos fatos que determinam a História é evidente, não poupando, inclusive, críticas a reis e nobres. Ele trabalha em harmonia mesclando a arte a escrita, em sua narrativas, mais a sua característica historiadora. Essa por sua vez o leva a ter compromisso com a verdade e analisar imparcialmente os fatos.
    3. A palavra coelho com letra minúscula se refere à alimento e com letra maiúscula ao sobrenome de um dos assassinos de Inês de Castro.

    4. Concordo com a critica feita por Fernão Lopes uma vez que ele desconstrói aquela imagem de bondade e de homens cheios de princípios que são os reis.

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  16. AMANDA OLIVEIRA
    EXERCICIO 2
    1. Texto 1
    Se -nho -ra- par- tem- tam- TRIS (tes)
    1 2 3 4 5 6 7
    meus- o- lhos- por- vós- meu- BEM
    1 2 3 4 5 6 7
    amanda oliveira


    A- cho- que- me- deu- Deus- TU (do)
    1 2 3 4 5 6 7
    pa- ra- ma- is- meu- pa- de (cer)
    1 2 3 4 5 6 7
    Utilizou-se a métrica redondilha maior, sendo o verso com sete silabas poéticas.

    2. O texto se caracteriza como uma cantiga de amor porque a amada é tratada como senhora o eu-lirico sofre a coita que é a dor por seu amor não ser correspondido.


    3. No texto 1 “olhos” representam a tristeza de olhos que choram por um amor que não é correspondido e também vemos o sofrimento nos olhos pela dor da partida da amada. Já no segundo texto olhos significa o ato de Deus conceder olhos carnais para o eu-lirico ,ou seja , no sentido de visão de perceber a realidade de um eu-liric que ama.

    4. Pelo o fato do amor ser cantado , acredito que a expressao sincera desse amor que não é recíproco condena o eu-lirico a um sofrimento.

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  17. EXERCÍCIO I

    Leitura
    Crônica del-Rei D.Pedro I

    1- No momento em que os dois homens eram assassinados, el-Rei estava comendo observando as mortes. Uma passagem do texto que comprova tal fato é: “enfim mandoulhos queimar; e todo feito ante os paaços onde el pousavava, de guisa que comendo oolhava quanto mandava fazer”.

    2- Fernão Lopes era um conceituado cronista e sua expressão tinha fortes raízes populares, mas se comprometia com a verdade dos fatos. Uma característica sua presente no texto diz respeito ao fato dele posicionar-se diante das atitudes tomadas por el-Rei e, levando-se em consideração que o sistema vigente era o de Monarquia e as pessoas que iam contra tal regime corriam o risco de serem castigadas. Pode-se perceber essa crítica ao fim do segundo parágrafo: “Muito perdeo elRei de sua boa fama por tal escambo este”.

    3- O ‘Coelho’, iniciado com letra maiúscula, refere-se ao um dos assassinos de Inês de Castro. Já o ‘coelho’, iniciado com letra minúscula, diz respeito ao animal que fazia parte da refeição de el-Rei D. Pedro I.

    4- Concordo com as críticas de Fernão Lopes, já que os reis cometem determinados erros contradizendo até mesmo princípios por eles mesmo propostos. Dessa forma suas ações são sim condenáveis propiciando perda de credibilidade desses governantes.



    EXERCÍCIO II

    Leitura

    1- Analisando os primeiros versos de cada texto podemos observar a seguinte métrica:
    Texto 1
    Se/nho/ra,/ par/tem/ tam/ tri/tes
    meus /o/lhos/ por/ vós/, meu/ bem/,

    Texto 2
    A/cho/ que/ me/ deu /Deus /tu/do
    pa/ra/ mais/ meu/ pa/de/cer/

    Sendo assim, a métrica utilizada foi a redondilha maior, isto é, sete sílabas poéticas.

    2- Levando em consideração a temática do Texto 1, percebemos a proximidade com as cantigas de amor, já que o eu-lírico é masculino e dirige-se a amada chamando-a de Senhora e isso nos permite inferir que tal mulher é de uma classe superior à do amado, é possível perceber a dificuldade para que esse amor se concretize.

    3- Os olhos possuem a função de expressar, transmitir o sofrimento do amado no Texto 1. Já no texto 2, os olhos, que foram dados por Deus, permitem que este amado veja sua amada.

    4- Quando utiliza tal expressão, o eu-lírico refere-se ao fato de Deus o ter dado a língua para expressar talvez coisas boas que não desrespeitassem outras pessoas, mas ele utilizou essa língua de forma indevida e por esse motivo é condenado.

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  18. EXERCÍCIO III

    Leitura: Auto da Lusitânia
    Todo o Mundo e Ninguém

    1- A figura de “Todo Mundo” representa aqueles que estão em busca de prazeres concretos e materiais, o aqui e agora. E estes dizem respeito a maioria da população. a figura de “Ninguém” refere-se às poucas pessoas que almejam algo que vai além de dinheiro e do materialismo, procuram na realidade sabedoria e espiritualidade.

    2- Nas falas de Berzebu percebe-se duras críticas mascaradas de ironias e dessa forma ele procura deixar claro tanto os máximos quanto os mínimos no que diz respeito às características dos homens.

    3- Os demônios, Belzebu e Dinato passam a impressão de que estão gostando de ouvir o diálogo travado entre Todo o Mundo e Ninguém. E são passivos, já que apenas se postam com finalidade de ouvir a conversa. Gil Vicente desse modo pretende evidenciar os defeitos e qualidades dos seres humanos.

    4- Dois aspectos formais do texto que podem ser destacados são: tanto sua estrutura sob forma de versos e sua estrutura quanto à musicalidade, já que há rimas ao longo de todo o texto.

    5- Concordo em partes com as falas de Berzebu, uma vez que realmente a maioria das pessoas buscam viver apenas o aqui e o agora, não se preocupando com edificar mais do que o corpo. Mas afirmar que ninguém almeja conscientizar-se é uma postura muito generalizada.



    EXERCÍCIO IV

    Exercícios e testes

    1- O autor das palavras acima é Fernão Lopes, pois ele se preocupava em relatar fatos condizentes com a realidade dos fatos.

    2- O autor em questão é Gil Vicente que tinha como objetivo fazer sátiras dos nobres em declínio, entre esses nobres os frades, bispos, as beatas, entre outros.

    3-
    a) S’o/be/de/ce/ra a /ra/zam/
    e /re/sis/ti/ra a /Von/ta/de,
    eu/ vi/vê/ra em /li/ber/da/de
    e/ nam/ ti/ve/ra/ pai/xam/
    Sete sílabas poéticas, isto é, redondilha maior.

    b) O esquema de rima é o seguinte: A
    B
    B
    A
    As rimas expressas pela letra “A” são chamadas interpoladas e as representadas pela letra “B” são as emparelhadas.

    c) Anseio.

    d) O poeta apresenta duas posições contrárias caracterizadas por meio do desejo e da razão. Há um permanente embate para que a razão seja sempre expressa e o anseio reprimido.

    4-
    c) Gil Vicente.

    5-
    b) Fernão Lopes.

    6-
    b) alegóricos.

    7-
    e) Todo o Mundo é mentiroso.

    8-
    a) Compositor de caráter sacro e satírico.

    9-
    c) Por viver em pleno Renascimento, apega-se aos valores greco-romanos, desprezando os princípios da Idade Média.

    10- c) denuncia a revolta da jovem confinada aos serviços domésticos, o que confere atualidade à obra.

    11-
    d) a preocupação com o home e com a religião.

    12-
    c) Apenas I e II estão corretas.

    13-
    a) teatro medieval – Gil Vicente.

    14-
    e) Cancioneiro geral de Garcia de Resende.

    15-
    b) Fidelidade absoluta aos acontecimentos históricos.

    16-
    e) Aprofunda-se nos valores clássicos, seguindo rigidamente os padrões do teatro.

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  19. EXERCÍCIO 01

    A CRÔNICA HISTÓRICA - FERNÃO LOPES
    01) Na Crônica del Rei D. Pedro I, narrada por Fernão Lopes, no momento em que os dois homens eram assassinados, del-Rei comia. Isso se comprova na seguinte passagem da narrativa: "[...] eu-Rei dizendo que lhe trouxessem cebola e vinagre pêra o coelho enfadousse deles a mandieuhos matar [...]"

    02)O último parágrafo do texto vem mostrar Fernão Lopes como um homem mal. Dessa forma, o autor tece uma crítica sobre essa má atiude do Rei.

    03) "Coelho empregado com letra maiúscula refere-se ao sobrenome do assassino- Pero Coelho. Em contrapartida, "coelho" empregado com letra minúscula diz respeito ao animal que seria comido pelo Rei.

    04) Sim. Pois a morte do assassino de Inês de Castro se deu de forma muito trágica. Sendo eles, reis, deveriam impôr ordem e primar pela segurança do Reino. Dessa forma, os reis foram contra suas verdades.

    EXERCÍCIO 02
    Texto 1 : Cantiga, Texto 2 : Cantiga
    01) Analisando metricamente o primeiro verso do TEXTO I, percebe-se que ele possui sete sílabas poéticas, isto é, trata-se de um verso heptassílabo (redondilha maior), em que a sétima sílaba (tônica) deve ser acentuada.
    SE/ NHO/ RA/ PAR/ TEM/ TAM/ TRIS/ tes
    Já anaisando o primeiro verso do TEXTO II, podemos inferir que trata-se de um verso com seis sílabas poéticas, ou seja, hexassílabo, no qual a sexta sílaba (tônica) deve ser obrigatoriamente acentuada.
    A/ CHO/ QUE/ MEU/ DEUS/ TU/ do

    02) O TEXTO I aproxima-se mais das cantigas de amor, uma vez que percebemos a presença de um eu-lírico masculino, que sofre de amor. Contudo, esse amor não é correspondido, é impossível de se concretizar. Nesse contexto, o eu-lírico mostra a tristeza, toda a dor, melancolia em que trás nos olhos; pelo fato de vê-la partir.

    03) No TEXTO I, a palavra “olhos” foi utilizada como uma metonímia; isto é, a parte pelo todo. Apesar de o autor ter mencionado os olhos como uma forma de demonstrar que nele estava presente toda a tristeza, toda a angústia, as lágrimas, o pranto de eu-liríco, percebe-se que o sofrimento desse sujeito é por completo. Parte-se assim desde o seu lado emocional, psicológico, refletindo-se nos olhos, através das lágrimas. No TEXTO II, a palavra “olhos” já nos reporta a imaginar uma parte do corpo responsável pela visão. Entretanto, esses olhos que ao eu-lírico foram dados, fazem parte de si apenas para causar sofrimento, uma vez que ele sofre com esse “ato de ver”, como se fosse uma condenação que estaria sujeito.

    04) O verso “língua que me condenasse”,dentro do contexto da cantiga, faz alusão ao desejo incessante do eu-lírico em dizer algo à sua amada. Dizer palavras ternas, singelas. Contudo, o fato de esse amor ser idealizado e não correspondido, o eu-lírico poderia proferir palavras à sua amada, das quais iria arrepender-se amargamente. Uma vez que, a sua fala poderia lhe condenar, trazendo sérias conseqüências que contribuíssem com o seu sofrimento.

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  20. EXERCÍCIO 03
    AUTO DA LUSITÂNIA

    01) Em seu teatro, Gil Vicente primou em apresentar os tipos de classes que compunham a nossa sociedade. Dessa forma, ele utiliza-se no Auto da Lusitânia, personagens chamados Todo Mundo e Ninguém, preocupando-se não com o nome próprio, particular das pessoas, mas com o que elas tinham em comum. Nessa perspectiva, Gil Vicente refere-se à população, trazendo as características do Todo o Mundo; isto é, da grande parte das pessoas, que poderiam ser depreendidas pela ganância, pela mentira; etc. E também as características da figura Ninguém, que pode ser visto como as virtudes, as coisas boas da vida. Características encontradas em poucas pessoas.
    02) Percebe-se que as falas de Berzebu fazem uma crítica à atitude das pessoas, uma vez que ele aponta que as pessoas, em sua totalidade, são mentirosas, o que os leva a inferir que pessoa nenhuma diz a verdade.
    03) Podemos perceber que Berzebu e Dinato são passivos, visto que os mesmos não intermedeiam na maneira de comportar de Todo o Mundo e de Ninguém. Gil Vicente procura demonstrar que os demônios não obrigam ninguém a pecar, eles apenas agem sobre o comportamento, sobre a conduta do ser humano.
    04) Observa-se que na peça de Gil Vicente, levando-se em conta a forma, a presença de rimas, que concernem toda a musicalidade ao texto. Nota-se ainda a presença de uma estrutura poética, marcada pela estruturação do texto em versos.
    05) Concordo parcialmente. Pois dizer que Ninguém busca consciência é ser muito radical. Embora na atualidade vigore uma sociedade em que muitos preocupam com a luxúria, com o dinheiro, existem também, aqueles, mesmo em sua minoria, que tentam ter consciência de suas atitudes e de agir com dignidade.

    EXERCÍCIO 04
    EXERCÍCIOS E TESTES

    01) As palavras proferidas são de Fernando Lopes. Uma das características observadas é a busca preocupante da verdade e a convicção diante dos fatos, a partir de sua observação e análise.
    02) O texto explicitado é do autor Gil Vicente. Essa grande sátira feita aos frades no período humanista partiu de Gil Vicente, abordando assim, essa temática em seu teatro popular. Gil Vicente satirizou ainda a velha beata, a alcoviteira, o fanfarrão, o médico incompetente, etc.
    03) a) A primeira estrofe do poema apresenta sete sílabas poéticas (redondilha maior).
    b) O poeta utiliza-se de rimas externas emparelhadas e interpoladas.
    c) Sinônimo de vontade: desejo, necessidade.
    d) Essa oposição fundamental que caracterizará a poesia amorosa dos séculos seguintes está no fato de o eu-lírico tentar obedecer aos comandos racionais, tentando resistir à vontade, ao desejo da carne. Em contrapartida, o sentimento vivido pelo eu-lírico nas cantigas de amor era em uma relação de vassalagem, em que o mesmo sofria, idealizava a sua amada, mas não era correspondido.
    04) c) Gil Vicente
    05) b) Fernão Lopes
    06) b) alegóricos
    07) e) Todo o mundo é mentiroso
    08) a) Compositor de caráter sacro e satírico
    09) c) Por viver em pleno Renascimento, apega-se aos valores greco-romanos, desprezando os princípios da Idade Média.
    10) c) denuncia a revolta da jovem confinada aos serviços domésticos, o que confere atualidade à obra.
    11) d) a preocupação com o homem e com a religião
    12) b) Todas estão incorretas
    13) a) teatro medieval – Gil Vicente
    14) e) Cancioneiro geral e Garcia de Resende
    15) e) Exaltação do efeito heróico do Mestre ao matar o inimigo do Reino.
    16) e) Aprofunda-se nos valores clássicos, seguindo rigidamente os padrões do teatro grego.

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  21. Exercício 1:
    1)“e elRel com prazer de sua vinda, porem mal magoado por que Diego Lopes fugira, os sahiu fora arreceber, e sanha cruel sem
    piedade lhos fez per sua maão meter a tromento, querendo que lhe confessassem quaaes forom da morte de Dona Enes culpados, e que era o que seu padre trautava contreele, quando adavom desaviindos por aazo da morte dela; e nenhuum deles respondeo a taaes perguntas cousa que a elRei prouvesse; e elRei com queixume dizem que deu huum açoute no rostro a Pero Coelho, e ele se soltou enton contra elRei em desonestas e feas palavras, chamando-lhe treedor, fe prejuro, algoz e carneceiro dos
    homeens; e elRei dizendo que lhe trouxessem cebola e vinagre pêra o coelho enfadousse deles a mandouhos matar”.
    2)Fernão Lopes é tido no texto, como um homem que arranca máscaras e apresenta homens com sua naturais fraquezas, numa época onde o heroísmo exacerbado imperava,.Lopes foi um historiador e artista com um grande comprometimento com a verdade histórica e, por afastar-se da cultura medieval é que ele apresenta créditos para ser estudado até a atualidade.
    3)Eis um excerto para situarmo-nos na história:
    “E elRel com prazer de sua vinda, porem mal magoado por que Diego Lopes fugira, os sahiu fora arreceber, e sanha cruel sem
    piedade lhos fez per sua maão meter a tromento, querendo que lhe confessassem quaaes forom da morte de Dona Enes culpados, e que era o que seu padre trautava contreele, quando adavom desaviindos por aazo da morte dela; e nenhuum deles respondeo a taaes perguntas cousa que a elRei prouvesse; e elRei com queixume dizem que deu huum açoute no rostro a Pero Coelho, e ele se soltou enton contra elRei em desonestas e feas palavras, chamando-lhe treedor, fe prejuro, algoz e carneceiro dos
    homeens; e elRei dizendo que lhe trouxessem cebola e vinagre pêra o coelho enfadousse deles a mandouhos matar.
    Coelho com com “c”maiúsculo, representando substantivo próprio, refere-se ao nome do assassino, Pero Coelho. Já coelho com “c” minúsculo, representa um substantivo comum, ou seja o animal coelho que tem por características populares a rapidez, um tanto quanto de astúcia e prole em grande número. Aqui, é retomado o fato de que no momento em que o coração de Coelho lhe é arrancado pelas espáduas, o rei comia (saboreava) um coelho, tendo aqui uma peculiar “coincidência”.

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  22. 4)Fernão Lopes faz aqui uma espécie de denúncia social, pois diz à todos que atitudes tirânicas como as de D.Pedro I eram mal vistas pela sociedade em geral,por se tratar de uma entidade política e portanto, diplomática.

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  23. Exircício I-Crônica Del Rei Dom Pedro I:

    1-O rei Dom Pedro I estava comendo enquanto os assassinos de Ines de Castro eram execultados.Isso é evidenciado no seguinte fraguimento:" e todo feito ante paaços onde el pousava de guisa enquanto que comendo olhava quanto mandava fazer."

    2-Uma caracterítica relevante de Fenão Lopes é o fato de suas narrativas mostrarem a figura dos reis como realmente são, sem grandes exaltações, mas evidenciando o comportameto humano destes.Isso é perceptível na crônica "Del rei Dom Pedro I"quando deixa explícito que Dom Pedro I è vingativo e deseja que os culpados pela morte de Ines de Castro paguem pelo crime.O rei fica chateado em saber que um dos assassinos fugira livrando-se da morte.

    3-Coelho (substantivo próprio)=Sobrenome de um dos assassinos"Pero Coelho".
    Coelho(substantivo comum)=animal que Dom Pedro estava comendo enquanto os assassinos eram executados.
    4-Concordo sim , pois assim como os demais os reis tambem são pessoas e sendo assim estão sujeitos a erros,afinal não são donos da verdade, porem errando demasiadamente podem vir a perder sua credibilidade,uma vez que se contradizem.

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  24. Exercício II-

    1-Fazendo uma análise métrica das cantigas apresentadas pude perceber que o o textoI è constituido por redondilhar maior, ou seja versos de sete sílabas na qual a setima sílaba é acentuada.

    Texto 1
    Se -nho -ra- par- tem- tam- TRIS (tes)
    1 2 3 4 5 6 7
    meus- o- lhos- por- vós- meu- BEM
    1 2 3 4 5 6 7.

    Já no texto II, percebemos que a primeira e a última silaba são acentuadas:A/ CHO/ QUE/ MEU/ DEUS/ TU/ do.Sendo portanto hexasilabos.
    2-Cantigas de amorr, pois possui um eu-lírico masculino que idealiza sua amada e sofre por ela.
    3-Na primeira cantiga os olhos que o eu-lirico menciona são para expressar todo o sofrimento deste.Já na segunda cantiga os olhos ser vem para ver a manda , para admira-la.Representando em ambas o sofrimento, uma vez que não pode ter quem ama a seu lado.
    4-O eu-lirico não poderia explicitar seu amor a sua amada pois isso poderia lhe acarretar problmas, uma vez que esta poderia ser comprometida e não lhe corresponderia.Isso lenvando-se em questão o periodo em que se encontra tal cantiga.

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  25. Crônica Fernão Lopes

    Resposta 01
    Provavelmente el-Rei estava degustando um coelho pois ao ordenar a morte de Álvaro Gonçalves e Pêro Coelho, el-Rei ordenou que lhe trouxesse cebola e vinagre para temperar um coelho.

    Resposta 02
    Entre as características de Fernão Lopes encontradas no texto podemos destacar a imparcialidade, pois, ao descrever os acontecimentos, Fernão Lopes procura base científica através do documento e artigos antigos, e a partir dessa pesquisa dá início a sua crônica.

    Resposta 03
    A palavra Coelho como substantivo próprio é um nome de uma pessoa, no caso do texto sobrenome de um dos personagens “Pero Coelho”. Já a palavra Coelho como substantivo comum refere-se a uma espécie de animal.

    Resposta 04
    A crítica feita por Fernão Lopes faz sentido, pois, o rei envolveu assuntos pessoais como negociação políticas. Dom Pedro I (monarca português) se compromete mandar para Castela, refugiados políticos castelhanos em troca dos três assassinos de Inês.

    Poesia Palaciana
    Cantigas texto1, cantiga texto 2
    Resposta 01
    Através da analise do texto 1 foi possível foram utilizados versos de sete silabas poéticas (redondilhas maior), e no texto 2 os versos possuem cinco silabas poéticas ( redondilhas menor)

    Reposta 02
    O texto Cantiga Partindo-se aproxima mais das cantigas de Amor, pois, são exploradas as mesmas temáticas da poesia trovadoresca, todavia já não existe aquela distância acentuada entre o poeta e a mulher. Quanto aos temas amorosos são desenvolvidos de forma menos platônica do que nas composições medievais, agora a mulher é tratada pelo poeta com intimidade.

    Resposta 03
    Nos dois textos os olhos simbolizam parte do corpo humano, pois, geralmente os olhos e o coração são mencionados nos poemas para ilustrar os efeitos do amor no ser humano.

    Resposta 04
    Entende-se por “língua que me condenasse” a correspondência do desejo do eu - lírico de falar, mas talvez, falar coisas inadequadas à amada, por isso a língua iria condená-lo, pois teria que sofrer as conseqüências de uma fala intempestiva.

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  26. Autos de Gil Vicente
    Resposta 01
    O texto “Auto da Lusitânia” de Gil Vicente assim como algumas outras peças elaboradas por ele possui um caráter universal e atemporal dos problemas retratados por Gil Vicente. O autor ao criar os personagens Todo Mundo e Ninguém buscou retratar as classes sociais, Todo Mundo representa homem rico, mercador, já o Ninguém, caracteriza o homem pobre.
    Os autos de moralidade é o gênero em que Gil Vicente se consagrou, pois buscou misturar diferentes gêneros, sendo que seu auto mais conhecido é o Auto da Lusitânia, que pode ser classificado como auto alegórico, feito para homenagear a terra Lusitânia o qual podemos destacar cenas do dialogo dos personagens “’ Todo mundo e Míngüem’’

    Resposta 02
    Berzebu considera que as pessoas não possuem virtudes, que a maioria das pessoas pode ser representada pela personagem “Todo Mundo”, uma vez que a maioria das pessoas são vaidosas, gananciosas e mentirosas.

    Resposta 03
    Berzebu e Dinato possuem uma postura passiva, pois eles não forçam as pessoas a pecarem, ter atitudes negativas, mas sim argumenta utilizando as atitudes das próprias pessoas.

    Resposta 04
    No que diz respeito a estrutura o “Auto da Lusitânia” foi criado para sustentar-se sem o acompanhamento de instrumentos musicais, investindo mais nos ritmos da linguagem. É importante ressaltar que há também a existência de diferentes gêneros (Auto pastoris e Autos de moralidade).

    Resposta 05
    A fala de Berzebu faz sentido, contudo não podemos generalizar, pois existem sim pessoas que tem consciência de que devem ser generosas e honestas, para essas pessoas o dinheiro não é tudo, logo mesmo vivendo em um mundo capitalista devemos crer que ainda existem virtudes nos seres humanos.

    Resposta 01
    A análise das palavras contidas no fragmento nos leva a crer que são de autoria de Fernão Lopes, pois possuem características presente em suas obras. Fernão Lopes ao escrever procura separar a história da lenda, ele busca base cientifica, como documentos, e a partir desses documentos escreve suas obras.


    Resposta 02
    O fragmento crítico de autoria de Gil Vicente. Cabe ressaltar que seus personagens raramente são identificados pelo nome, pois na maioria das vezes seus personagens são designados pela ocupação que exercem ou pela classe social. Dessa forma Gil Vicente apresenta o painel da sociedade da época. É importante salientar que Gil não satiriza somente o frade, ele também critica sapateiro, bispo, lavrador, entre outros.

    Resposta 03
    a) A primeira estrofe do poema tem sete silabas (poética de redondilhas maior)
    b) Gil Vicente utilizou rima intercaladas
    d) A mulher se transformou em um ser mais concreto, assume características físicas (partes do corpo são mencionadas pelo poeta), pois os poetas palacianos são mais realistas, logo a mulher é vista de forma menos idealizada e humanizada

    Resposta 04
    c) Gil Vicente

    Resposta 05
    b) Fernão Lopes

    Resposta 06
    b) alegóricos

    Resposta 07
    e) Todo mundo é mentiroso

    Resposta 08
    a) compositor de caráter sacro e satírico

    Resposta 09
    c) Por viver em pleno Renascimento, apega-se aos valores greco-romanos, desprezando os princípios da Idade Média.

    Resposta 10
    c) denuncia a revolta da jovem confinada aos serviços domésticos, o que confere atualidade à obra.

    Resposta 11
    a) a preocupação com o homem e com a religião

    Resposta 12
    b) Apenas I e II estão corretas

    Resposta 13
    a) teatro medieval – Gil Vicente

    Resposta 14
    e) (Cancioneiro geral de Garcia de Resende)

    Resposta 15
    b) fidelidade absoluta aos acontecimentos

    Resposta 16
    e) Aprofunda-se nos valores clássicos, rigidamente padrões teatro grego.

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  27. Exercicio III-Gil Vicente

    1-No teatro de Gil Vicente aparece as figuras chamadas de "Todo o Mundo" e "Ninguem " sendo este o pobre em dinheiro mas rico em sabedoria e auqle rico só preocupado com bens materias, sem preocupação alguma com consciencia.
    2-Ao londo do tetro Berzebu observa ações muito interessantes que representam uma espécie de "moral" ebtre "Todo o mundo" e "Ninguem " que no teatro são personagens, mas podem ser compreendidos como maior parte das pessoas que sempre se preocupam mais com o dinheiro ,não se importando com demais valores.
    3-Os diabos apenas assistem a conversa entre Todo o Mundo e Ninguem sem interferir nela, são portanto passivos. Gil Vicente pretende mostrar que as pessoas pecam por si mesmas, são autônomas, nem sempre é necessaria a intervenção de um diabo.
    4- O texto de Gil Vicente chama a atenção pelo fato de ser estruturado em versos que posseum certa musicalidade ao texto.
    5-Sim , pois as pessoas ainda hoje preocupam-se muito em terem "status", terem conforto sem se preocupar com o preço que terão de pagar por isso.Passam muitas vezes por cima de valores e até mesmo por cima de outras pesoas.

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  28. Respostas:

    1- Enquanto os dois homens eram assassinados el-Rei, tranquilo comia no paço, isso se comprova nessa citação.(“...e todo feito ante ao paaços onde el pousavava, de guisa que comendo oolhava quanto mandava fazer....”).

    2- Fernão Lopes foi corajoso, verdadeiro e crítico ao narrar a morte dos assassinos de Inês de Castro.

    3- No texto a palavra “Coelho” substantivo próprio refere-se ao assassino Pero Coelho. E o “coelho” substantivo comum refere ao animal coelho.

    4- Concordo com Fernão Lopes, pois, embora o povo da época sabia que quem cometesse crimes, se pego pagaria na mesma moeda, el-Rei realmente agiu com crueldade e quando isso caísse na boca do povo sua fama seria prejudicada.

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  29. Respostas

    1- A métrica utilizada nos primeiros versos dos dois textos é a redondilha maior (verso de sete sílabas). Isto é, verso tradicional em língua portuguesa que já era freqüente nas cantigas medievais.

    2- O texto 1 por sua temática aproxima- se das cantigas de amor, pois, o eu- lírico é masculino, a mulher é tratada como senhora, para não citar o nome. Ela é casada e o amor é inacessível.

    3-Nos dois textos a palavra “olhos” representa o ato de ver sempre a pessoa amada e não ser possível esse amor, ser correspondido ou concretizado. Então o homem sofre muito por ver a pessoa amada.

    4- Dentro do contexto da Cantiga de Francisco de Souza (texto 2), a expressão “língua que me condenasse”, dá nos a ideia de um amor muito grande, porém este amor não pode ser revelado, pois seria ele condenado, daí a única solução ficar calado ou escrever sem citar o nome da pessoa amada.

    Respostas

    1- No Auto da Lusitânia a figura de Todo o Mundo representa o rico, o lucro, a vaidade, a ganância, o poder, o dinheiro, entre outros que é o que a sociedade deseja. Já a figura de Ninguém representa o pobre, o humilde, o modesto onde ninguém é assim.

    2- As falas de Berzebu representam a sociedade, o que é realmente o povo, seus desejos e anseios.

    3-A postura de Dinato e Berzebu é passiva, uma vez que eles não interferem na conversa em que ouvem. Acho que Gil Vicente que mostrar com isso que em nossa sociedade também somos muito passivos, aceitamos as coisas como elas são passadas para nós sem lutar contra algo que não nos agrada, estamos muito conformados. Deixando o outro, o mais forte nos dominar porque aceitamos tudo sem reivindicar.

    4- O texto apresenta uma estrutura de auto (peça teatral), com rimas e trocadilhos com a intenção de causar humor.

    5- Levando-se em conta o que Berzebu ouviu concordo sim “que Ninguém busca consciência e Todo o Mundo dinheiro”, pois, ele ouviu isso de uma conversa entre os dois a qual, não houve interferência de nem uma outra pessoa.

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  30. Exercícios e Testes


    1- O autor das palavras acima é Fernão Lopes. As características que podemos inferir dele é que em suas crônicas ele deixa explícito a sua coragem e preocupação de falar sempre a verdade.

    2- O texto crítico acima se refere ao autor Gil Vicente. Além do frade ele satiriza o rei, o papa, o clérigo corrupto e devasso.

    3) A-“s”o- be –de –ce- ra a- ra -(zam).
    e- re- sis- ti – ra a- Von- ta -(de)
    eu- vi- ve- ra em- li- ber- da-(de)
    e- nam –ti- ve- ra -pai- (xam)

    B – O esquema de rima utilizado é ABBA.

    C - Vontade = desejo, capricho.

    D - No texto o poeta nega a paixão, o amor e a sensualidade. Nos séculos seguintes os poetas falam dos seus desejos, do amor, do sensual como algo necessário.

    4- C - Gil Vicente
    5- B - Fernão Lopes
    6-E - Religiosos
    7-E -Todo o Mundo é mentiroso.
    8- A -Compositor de caráter sacro e satírico.
    9-C –Por viver em pleno Renascimento, apega-se aos valores greco-romanos, desprezando os princípios da Idade Média.
    10- C – Denuncia a revolta da jovem confinada aos serviços domésticos, o que confere atualidades à obra.
    11- D –A preocupação com o homem e com a religião.
    12- A - Todas estão corretas
    13- A - Teatro medieval - Gil Vicente
    14- E – Cancioneiro geral de Garcia de Resende.
    15- E- Exaltação do feito heróico do mestre ao matar o inimigo do Reino.
    16-E- Aprofunda-se nos valores clássicos, seguindo rigidamente os padrões do teatro grego.

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  31. Segunda época do Medievo - Humanismo
    1)No texto 1 nota-se o uso da redondilha menor(5 sílabas poéticas). Já no texto 2 é usada a redondilha maior(7 sílabas poéticas)
    2)A cantiga em questão trata-se de uma cantiga de amor, dado que apresenta as características mais marcantes como, o amor impossível:
    Senhora, partem tam trites
    meus olhos por vós, meu bem,
    que nunca tam tristes vistes
    outros nenhuns por ninguém.
    Além de outras marcas como o eu-lírico masculino, a declaração explícita de amor ã uma mulher que é idealizada, num amor platônico;impossível.
    3)Aqui, os olhos são órgãos representativos do sofrimento do eu-lírico , por ver, desejar , mas não possuir a mulher idealizada, e exprimir então o seu sofrimento por isso.
    4)A língua aqui é tida para ser muda, para condenar e novamente para ser muda. A condenação no caso, trata-se de o eu-lírico não poder declarar o seu amor à mulher desejada, e por isso é condenado ao silêncio.

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  32. Exercicio4

    Testes.

    1-fernão LOpes, pois podemos perceber com clareza a forma como ele fala a verdade, sem exaltações.
    2-Gil Vicente.Este autor satirizava tambem a alcoviteira, a mulher adúltera, o judeu,as pessoas que se deixavam corromper pelo lucro fácil.
    3-a) Na primeira estrofe encontramos versos com sete silabas, ou heptasilabos.
    b)As rimas utizadas pelo poeta são emparelahdas e interpoladas.
    c)Desejo
    d)A oposição presente nas cantigas diz respeito ao desejo e a razão. Pois o eu-lirico apesar de seu imenso amor por uma determinada mulher não pode pode te-le e ele sabe disso, mas isso não o impede de ama-le em segredo e de deseja-la.
    4-c-Gil Vicente
    5-b-Fernão LOpes
    6-b-alegoricos
    7-e-Todo O MUndo é mentiroso
    8-a-Compositor de carater sacro e satirico
    9-c-Por viver em pleno Renascimento, apega-se aos valores greco-romanos, desprezando os princípios da Idade Média.
    10-c-denuncia a revolta da jovem confinada aos serviços domésticos, o que confere atualidade à obra.
    11-e-a busca dos conceitos universais
    12-Todas estão incorretas
    13-a- testro medieval
    14-e) Cancioneiro geral e Garcia de Resende
    15-e) Exaltação do efeito heróico do Mestre ao matar o inimigo do Reino.
    16-e) Aprofunda-se nos valores clássicos, seguindo rigidamente os padrões do teatro grego.

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  33. O Teatro Popular de Gil Vicente - Atividades:
    1)Todo Mundo: é um rico mercador, que busca algo que perdeu, além de dinheiro, honra, louvores, vida, paraíso e a mentira. J á a personagem Ninguém, é pobre , busca a consciência, a virtude, a repreensão, a morte, a quitação de dívidas e a verdade.
    2)Ela dita as falas das personagens Ninguém e Todo Mundo para a personagem Dinato
    3)Berzebu seria como que um ditador ( aquele que dita as falas)ativo, e Dinato seria como um escrivão, passivo. Vicente poderia estar fazendo uma crítica ao sistema jurídico e aos seus respectivos aparatos.
    4) Recursos estilísticos como, a inversão de orações, e linguagem rebuscada, típica da época.
    5)Mecânicamente hei de concordar pois o texto não me deixa mentir:
    Eu hei nome Todo o Mundo,
    Mundo e meu tempo todo inteiro
    sempre é buscar dinheiro
    e sempre nisto me fundo
    Ninguém • E eu hei nome Ninguém
    e busco consciência.

    Porém, buscando ir além do que me é escrito, vejo que Vicente personifica caracteres humanos que não são de todo indissociáveis, portanto há no texto um ingênuo maniqueísmo, sendo que em todo ser humano há um misto de ambas as personagens.

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  34. EXERCÍCIO 1
    1_ O el-rei se alimentava enquanto os dois homens eram assassinados.Isso se comprova com"...e el rei dizendo que lhe trouxessem cebola e vinagre pêra o coelho enfadousse deles e mandouhos matar...".O El rei também dava ordens"...e todo feito ante os paaços onde el pousava,de guisa que comendo olhava quanto mandava fazer...".

    2- É notável que Fernão Dias foi corajoso e crítico.Não se pode desconsiderar que ele era um cronista conceituado e com fortes raízes populares.O autor se posiciona e faz uma crítica às atitudes do rei.

    3_"Coelho" substantivo próprio, é o sobrenome de um dos três acusados de matar Inês,por ser referente ao nome de uma pessoa,a palavra é iniciada por letra maiúscula.Já,"coelho",iniciado por letra minúcula,refere-se ao animal que el_rei comia.

    4_ Concordo,uma vez que a forma como inês morreu foi trágica.Os reis são humanos e propícios a erros,porém, deveriam cuidar e garantir a segurança do reino, e não ir contra os príncipios que são impostos por eles próprios.Com isso vão contra suas próprias verdades.

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  35. EXERCÍCIO 2

    1_Análise do texto I:

    se/nho/ra/par/tem/tam/TRIS(TES)
    meus/o/lhos/por/vós/meu/BEM

    Análise do texto II:

    a/cho/que/me/deu/deus/TU(do)
    pa/ra/ma/is/meu/pa/de/(cer)

    Sendo assim,percebe-se versos heptassílabo"redondilha maior",ou seja,versos com sete sílabas poéticas.

    2-O texto 1,aproxima-se mais das cantigas de amor,uma vez que o eu-lírico sofre por um amor não realizado,onde"...partem tristes/meus olhos por vós,meu bem,que nunca tam tristes vistes outros nenhuns por ninguém..."
    A amada é tratada por senhora,podemos dizer que esta caracterizando a mulher inatingível junto com esse amor impossível.

    3- No texto I,os olhos aparecem como a parte do corpo do homem que sofre por um amor que parte"...meus olhos por vós,...que nunca tam tristes vistes,...tam doentes da partida...".Os olhos participam dessa dor da perda,dessa alma sofrida e ele é o complemento desse ser,representando através do choro,das lagrimás,o sofrimento.Já no texto II,os olhos aparecem no sentido de enxergar,de visão mesmo"...os olhos - para nos ver" e essa afirmação torna ainda mais correta quando analisamos "...coração para sofrer...e língua para ser mudo..",ou seja, são sentidos que o ajudam a sofrer,como se fosse castigo"...assi que meu deus tudo para mais padecer...".

    4_Percebe_se que a expressão "língua que me condenasse" corresponde a língua que Deus o deu,porém, ao invés de usá-la para o bem,ele a usou de forma inadequada e por isso foi condenado.

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  36. Exercícios e testes

    1. Fernão Lopes é o autor dessas palavras, e tem por característica maior, o compromisso com a verdade, dado que Lopes era historiador.

    2. O autor em questão é Gil Vicente, suas críticas são desferidas em sua maioria aos frades, porém não deixa escapar o médico incompetente, a alcoviteira, a mulher adúltera, o judeu ganancioso, dentre outras figuras populares da época.

    3. a) S' o/ be/ de/ ce/ ra a/ ra/ zam/

    b) rimas externas emparelhadas e interpoladas.
    c) desejo

    d) O autor põe em pauta o tema razão versus coração. Procurando seguir a retidão em seu viver, o eu-lírico refuta os desejos carnais, agindo assim com a razão.Porém, percebe que calar sempre as vozes sentimentais (o coração), é também uma maneira de ser irracional.

    4)C
    5)B
    6)B
    7)E
    8)A
    9)C
    10)C
    11)D
    12)C
    13)A
    14)E
    15)B
    16)E

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  37. EXERCÍCIO I

    1. EL-REI FAZIA UMA REFEIÇÃO ENQUANTO OS DOIS HOMENS ERAM ASSASSINADOS. ISSO PODE SER COMPROVADO PELA PASSAGEM "(...)E EL-REI, DIZENDO QUE LHE TROUXESSEM CEBOLA E VINAGRE PÊRA O COELHO ENFADOUSSE DELES A MANDOUHOS MATAR."

    2. FERNÃO SE MOSTRA BASTANTE CRÍTICO, VISTO QUE FAZ UMA COLOCAÇÃO ACERCA DAS ATITUDES DO REI, NO FIM DO FRAGMENTO, DE FORMA CRÍTICA E INTELIGENTE.

    3. COELHO ( SUBSTANTIVO PRÓPRIO) CONCERNE NO SOBRENOME DO ASSASSINO PERO COELHO.
    JÁ QUANDO SE TRATA DO SUBSTANTIVO COMUM, DIZ RESPEITO AO ANIMAL DA REFEIÇÃO DO REI.

    4. COM CERTEZA. PORQUE ATRAVÉS DA HISTÓRIA É POSSÍVEL PERCEBER QUE, REALMENTE, MUITAS VEZES, OS REIS AGEM DE FORMA CONTRÁRIA AO QUE PREGAM.

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  38. Amanda oliveira

    Exercício 3

    Teatro

    1.Percebemos que Todo Mundo é caracterizado pela usura e isso nos remete um dos aspectos daquela época. Esse personagem dotado de ambição e ganância e soberba quer gloria e reconhecimento. Já NINGUEM representa a classe servil que traz em si a honestidade e diz a verdade e quer pagar suas dividas.

    2.A fala de Berzebu traz ironias e revela características humanas como por exemplo a mentira que é inerente ao ser humano.

    3.Esses personagens são passivos e eles agem sobre as fraquezas humanas e não se preocupavam mais com o dinheiro induzem, não oferecem o pecado em si.

    4.É possível percebermos a estrutura em forma de auto, as rimas e figuras de linguagem que o autor
    emprega para causar humor.

    5. É importante pensarmos que naquele contexto devido a expansão comercial as pessoas se preocupavam muito com a riqueza. Dessa forma , posso concordar com a fala de Berzebu.

    Exercícios e testes
    1.O texto é de Frenao Lopes uma vez que ele se preocupa com a veracidade dos fatos, caracteristica essa que vemos no texto em questao.

    2.O texto em questao é de Gil Vicente que nao deixa escapar de suas criticas os frades, o judeu, a mulher adultera e outros.

    3.a. Apresenta sete silabas poéticas que é característica dos heptasilabos.

    b. As rimas são emparelhadas e interpoladas.

    c. Intento, desejo, necessidade.

    d. A oposição percebida é o desejo carnal e a sublimidade do amor.

    4)C
    5)B
    6)B
    7)E
    8)A
    9)C
    10)C
    11)D
    12)C
    13)A
    14)E
    15)B
    16)E

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  39. EXERCÍCIO II

    1. PODE-SE NOTAR QUE OS PRIMEIROS VERSOS DOS TEXTOS ABORDADOS APRESEMTAM SETE SÍLABAS POÉTICAS, O QUE CARACTERIZA A REDONDILHA MAIOR.

    2. O TEXTO I APROXIMA-SE MAIS DAS CANTIGAS DE AMOR, VISTO QUE NOS MOSTRA UM EU-LÍRICO MASCULINO QUE SOFRE PELA AMADA.

    3. NO TEXTO I, A APLAVRA "OLHOS" FOI TOMADA COMO A PARTE QUE REPRESENTA UM TODO, VISTO QUE NÃO SÃO SÓ OS OLHOS QUE ESTÃO TRISTES.(METONÍMIA)
    JÁ NO TEXTO II, A APLAVRA "OLHOS" APARECE EXATAMENTE COMO O ÓRGÃO RESPONSÁVEL PELA VISÃO, DE FORMA TOTALMENTE DENOTATIVA.

    4. A LÍNGUA APARECE AQUI COMO ALGO QUE SENDO UTILIZADO PODE TRAZER CONDENAÇÃO. ISSO QUER DIZER QUE O EU-LÍRICO FICA IMPOSSIBILITADO DE DECLARAR O SEU AMOR, DE DIZER O QUE REALMENTE QUER E SENTE.

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  41. A produção Literária

    A crônica histórica- Fernão Lopes

    1- O el-Rei observava a morte dos assassinos ao mesmo tempo em que repousava e degustava uma comida. A passagem que melhor justifica a resposts é a seguinte: "[...] enfim mandoulhos queimar; e todo feito ante os paaços onde el pousava, de guisa que comendo oolhava mandava fazer."

    2- Fernão Lopes mantinha a imparcialidade ao observar e analisar os fatos, tendo ele um compromisso com a verdade histórica, além de conduzir a análise com uma severa investigacão dos fatos. Sendo audacioso ao criticar muitas vezes as atitudes dos reis.

    3- O primeiro Coelho retratado no texto é o sobrenome de Pero Coelho,um dos assassinos de Inês. Já o segundo refere-se ao próprio animal que fora servido ao rei.

    4- Sim. Porque os reis pregavam sempre a bondade e a responsabilidade de ser rei, mas pela ocorrência de fatos como esse, eles iam contra suas verdades e por deter o poder, se achavam no direito de fazer tudo que desejavam.

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  42. Texto 1 e 2: cantigas

    1- Texto 1
    Se/nho/ra,/par/tem/tam/tri/tes
    meus/o/lhos/por/vos/meu/bem

    Texto 2
    A/cho/que/me/deu/Deus/tu/do
    pa/ra/mais/meu/pa/da/cer

    2- O texto 1 aproxima-se mais das cantigas de amor, uma vez que fala de um amor inatingível, com uma mulher idealizada, que vive numa classe superior a do cancioneiro.

    3- Na primeira cantiga, os olhos são tristes, sofrem por não ter a amada, por sua ausência. Já no texto 2, os olhos têm um papel diferente, são utilizados para olhar a amada.

    4- Neste verso, o eu-lírico fala da língua como algo que Deus o deu para ser mudo, mas que na verdade o condena pelo amor que declara a sua amada.

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  43. Auto da Lusitânia

    1- A figura de Todo Mundo traz a representação da maioria das pessoas que estão sempre buscando várias coisas, como dinheiro, honra e poder. Já o Ninguém representa uma minoria, que está atrás de consciência e virtude. Tendo assim, uma grande crítica e uma forte ironia a maioria da população que age quase sempre como o Todo Mundo.

    2- Berzebu aparece como aquele que ressalta o que Todo Mundo e Ninguém querem, mostrando ironicamente as ações e falhas da maioria da populaçao.

    3- Os dois personagens são passivos, ressaltam o que foi dito por Ninguém e Todo Mundo sem interferir na conversa. O que Gil Vicente pretende é mostrar de forma bem clara as características das pessoas.

    4- Ninguém: - "Que andas tu i buscando?" (presença da segunda pessoa do singular)
    Destancando também a presença das rimas, da sonoridade e da musicalidade do texto.

    5-É evidente que a maioria das pessoas busca dinheiro, poder e honra, e que nem todos estão a procura de consciência e virtude. No entanto, isso não ocorre de forma tão radical, há sim pessoas que se preocupam com virtude e não só com o poder.

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  44. Exercícios e testes

    1- O autor é Fernão Lopes. Através do texto apresentado podemos notar o seu compromisso com a verdade, com a investigação severa dos fatos.

    2- Refere-se a Gil Vicente.Satiriza também bispos, cardeais e o papa.

    3- "So/be/de/ce/ra a/ra/zam/
    e/re/sis/ti/ra a/Von/ta/de,
    eu/vi/vê/ra em/li/ber/da/de
    e/nam/ti/ve/ra/ pai/xam/.

    b) ABBA
    c) desejo
    d)O autor apresenta a caracterização de uma eterna luta entre vontade e razão, que busca encobrir os desejos, aquilo que sente, fazendo com que a razão seja a primeira a se apresentar.

    4-C
    5-B
    6-B
    7-E
    8-A
    9-C
    10-C
    11-D
    12-C
    13-A
    14-E
    15-B
    16-E

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  46. O TEXTO EM QUESTÃO PERTENCE A FERNÃO LOPES, JÁ QUE SE PODE NOTAR A PREOCUPAÇÃO EM SE DIZER APENAS A VERDADE SEM PRIVELIGIAR UM OU OUTRO.

    2.O TEXTO SE REFERE AO GIL VICENTE, QUE ALÉM DE RETRATAR OS FRADES, SATIRIZA TAMBÉM O MUNDANISMO, OS QUE REZAVAM MECANICAMENTE, A MULHER ADÚLTERA, O MÉDICO INCOMPETENTE, O JUDEU GANANCIOSO, ENTRE OUTROS...

    3. A PRIMEIRA ESTROFE DO TEXTO APRESENTA VERSOS DE SETE SÍLABAS POÉTICAS:
    /SO/BE/DE/CE/RA A/ZAM/
    /E/RE/SIS/TI/RA A/VON/TA/
    /EU/VI/VE/RA EM/ LI/BER/DA/
    /E/NAM/TI/VE/RA/PAI/XAM/

    B)ABBA - RIMAS EMPARELHADAS E INTERPOLADAS.

    C) DESEJO.

    D) A OPOSIÇÃO OCORRE ENTRE O DESEJO E A RAZÃO, POIS, MESMO AMANDO, O EU-LÍRICO TEM QUE SE MANTER DISTANTE E OMISSO EM RELAÇÃO À AMADA.

    4. C
    5. B
    6. B
    7. E
    8. A
    9. C
    10. C
    11. D
    12. B
    13. A
    14. E
    15. B
    16. E

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  47. EXERCÍCIO III

    1. "TODO MUNDO"REPRESENTA O HOMEM GANACIOSO, QUE SE PREOCUPA APENAS COMA SA RIQUEZAS MATERIAIS. JÁ "NINGUÉM" REPRESENTA AQUELE QUE APESAR DE NÃO POSSUIR BENS MATERIAIS, POSSUI UMA SABEDORIA E HONESTIDADE.

    2. AS FALAS DE BERZEBU REPRESENTAM O COMPORTAMENTO DA SOCIEDADE, MOSTRANDO OS ERROS COMETIDOS PELOS HOMENS.

    3. BERZEBU E DINATO SE MOSTRAM PASSIVOS, UMA VEZ QUE APENAS OBSRVAM E NÃO INTERVÊM NO COMPORTAMENTO DAS PERSONAGENS.

    4. PPODE-SE NOTAR NO TEXTO A PRESENÇA DE VERSOS, O QUE REPRESENTA O CUIDADO COM A ESCRITA. ALÉM DISSO, O TEXTO APRESENTA BASTANTE RIMAS.

    5. CONCORDO, POIS, ATRAVÉS DO CONTEXTO HISTÓRICO DA ÉPOCA PODE-SE NOTAR QUE A MAIORIA DA SOCIEDADE REALMENTE ESTAVA VOLTADA PARA AS RIQUEZAS MATERIAIS, COMO AINDA HOJE.

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  48. AUTO DA LUSITANA
    1_A figura de todo mundo é caracterizada como o ganancioso,o mentiroso o que busca poder e honra.Já a figura de ninguém representa a busca pela virtude e consciência.
    Percebe-se um contraste bem forte entre os dois personagem,enquanto um é ganancioso o outro e honesto e humilde.É interessante essa oposição entre os personagens.Um representando a maioria e o outro a minoria.

    2_Berzebu aparece mostrando ironicamente as falhas e as ações dos seres humanos.Como a mentira,a ganância,coisas que são inerentes do ser.Essas fala mostra uma parte da sociedade.

    3_Os personagens são passivos,pois não interferem na forma de comportamento de todo mundo e de ninguém.
    Nota-se que Gil Vicente visa mostrar a divergência da sociedade.Os variados comportamentos e até a postura dos demônios,que observam e agem sobre o comportamento das pessoas.

    4_O texto e estruturado em versos e apresenta rimas,musicalidade,sonoridade e ritmos.É notável que há um jogo com as palavras,onde percebe-se um envolvimento entre leitor e texto.

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  49. 5_ Concordo,uma vez que as pessoas que estão inseridas na sociedade,buscam cada vez mais a ganância,o poder, o dinheiro.A minoria se importam com consciência,com mudança,com atitudes positivas de crescimento e ampliação do ser com pessoa humana.

    EXERCÍCIOS E TESTES

    1_As palavras são de Fernão Lopes,uma vez que apresenta a preocupação em relatar a verdade,a certeza e a investigação dos fatos.

    2_O texto refere-se a Gil Vicente,.Percebe-se que ele satiriza a a mulher adúltera,o mundanismo,o médico incompetente e o judeo ganancioso.

    3_a- /so/be/de/ce/ra a/zam/
    /e/re/sis/ti/ra a/von/ta/
    /eu/vi/ve/ra em/li/ber/da/
    /e/nam/ti/ve/ra/bai/xar/

    b_ABAB.Rimas emparelhadas e interpoladas.

    c_Desejo.

    d_A mulher é admirada,e o eu-lirico sofre o desejo de queré-la e não poder possuí-la,é preciso manter se distante da mulher desejada.

    4-c
    5-b
    6-b
    7-e
    8-a
    9-c
    10-c
    11-d
    12-b
    13-a
    14-e
    15-b
    16-e

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  50. EXERCICIO I

    1) Enquanto os dois homens eram assassinados, del-Rei D. Pedro I comia, e isso comprova-se através da passagem: [...]el- Rei dizendo que lhe trouxessem cebola e vinagre pêra o coelho enfadousse deles e mandouhos matar [...]" "e todo feito ante os paaços onde el pousava, de guisa que comendo oolhava quanto mandava fazer[...]".

    2)Uma característica marcante do historiador Fernão Lopes é a forma com que ele tratava os fatos, mostrando um imenso compromisso com a verdade histórica.

    3)"Coelho" é o sobrenome de um dos três acusados de matar Enes, ou seja, um substantivo próprio referente à uma pessoa . Já a forama " coelho" com a inicia minúscula é uma substantivo comum que indica o animal que el-Rei comia.

    4)Concordo, uma vez que os reis, por terem todo poder, nao agiam corretamente.Qualquer reação contrária à deles, já era motivo para abafarem da maneira que eles achavam melhor;muitas vezes com a morte.

    EXERCICIO II

    1) A métrica utilizada nos textos 1 e 2 é a redondilha maior, com versos que possuem sete sílabas poéticas. Ex:

    Texto 1

    Se -nho -ra- par- tem- tam- TRIS (tes)

    meus- o- lhos- por- vós- meu- BEM

    Texto 2

    A- cho- que- me- deu- Deus- TU (do)

    pa- ra- ma- is- meu- pa- de (cer)

    2) O texto I aproxima-se das cantigas de amor, uma vez que o eu-lirico sofre por não ter sua amada. Nota-se também que quando ele se refere a ela como "senhora", provavelmente, trata-se de uma amor que não pode ser concretizado, caracterizando assim a cantiga de amor.

    3) O eu-lirico, no texto 1, usa os "olhos" para expressar a dor de não poder mais ver a amada, ou seja, a dor de sua partida. Já no texto 2, ele se refere aos “olhos” como uma forma de se aproximar da amada, uma vez que sofre por não poder tocá-la, usando assim a visão como único meio de aproximação entre eles.

    4) Foi uma maneira de o eu-lirico reclamar pelo fato de a amada o condenar através das palavras.

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  51. EXERCICIO III

    AUTO DA LUSITANA

    1) A figura “Todo mundo” representa um povo que está sempre em busca de algo, seja material ou não, que na realidade não sabe o que é, levando em consideração somente o aqui e o agora.. Já o “Ninguém” representa a pequena porcentagem que realmente busca por verdade, sabedoria, algo que passa o lado material.

    2) As falas de Berzebu são bastante irônicas e críticas, tentando sempre mostras nos mínimos detalhes as características dos homens.

    3)Berzebu e de Dinato são passivos, uma vez que, apenas concluem e anotam as características de Todo Mundo e Ninguém. Gil Vicente desta maneira procura criticar de forma bastante irônica as falhas das pessoas (como seres humanos).

    4) Podemos destacas no texto dois aspectos. Um e a musicalidade presente nas rimas
    que compõe o texto, e outro é a estrutura que se encontra sob forma de versos.

    5) Eu concordo e discordo da posição de Berzebu. A maioria das pessoas buscam sim o dinheiro ao invés de consciência e sabedoria, mas o ser humano é passível de mudança, sendo assim não acho que tenha que ser tão radical.

    EXERCICIO IV

    Exercícios e testes

    1) O autor das palavras acima é FernãoLopes, que tem como principal característica a verdade histórica dos fatos.

    2) O crítico é Gil Vicente que tinha como objetivo fazer sátiras á Frades, bispos, beatas e outros.

    3)a-
    S’o/be/de/ce/ra a /ra/zam/

    e /re/sis/ti/ra a /Von/ta/de,

    eu/ vi/vê/ra em /li/ber/da/de

    e/ nam/ ti/ve/ra/ pai/xam/

    Sete sílabas poéticas, isto é, redondilha maior.

    b- O esquema de rima é:
    A
    B
    B
    A

    As rimas expressas pela letra “A” são chamadas interpoladas e as representadas pela letra “B” são as emparelhadas.

    c- Anseio

    4) Letra C
    5) Letra B
    6) Letra B
    7) Letra A
    8) Letra A
    9) Letra C
    10) Letra C
    11) Letra D
    12) Letra A
    13) Letra A
    14) Letra E
    15) Letra B
    16) Letra E

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  52. Obs: Professora Generosa, peço desculpas pelo atraso na postagem.Mas, por motivo de força maior, não pude entrar à tempo de terminar o exercício, podendo concluí-lo somente agora.
    Grata pela atenção e oportunidade.
    Marília Lopes

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  53. Respostas das Questões
    Exercício I:
    1. Alimentando, como cita {...} El- Rei dizendo que lhe trouxessem cebola e vinagre pêra, o coelho enfadousse deles e mandou os matar {...} Comendo olhava quanto mandava fazer.
    2. Algo super interessante e curioso era a coragem de Fernão Lopes, em expor suas criticas em suas crônicas relacionadas às atitudes dos reis. Levando em conta que neste período as pessoas que ousassem contradizer ao sistema monárquico, eram severamente punidas.
    3. Coelho com inicial maiúscula representava o sobre nome de um dos três acusados da morte de Inês. Já coelho com inicial minúscula representava o animal que El- Rei degustava.
    4. Sim. Pois como Fernão Lopes cita, talvez se os reis tivessem agido de maneira contraria as consequências seriam diferentes e até mesmo benéficas a eles.
    Exercício II:
    Texto I: SE/NHO/RA/PAR/ TE/TAM/TRIS/tes.
    Versos heptassílabos ( redondilha maior) sendo versos com sete sílabas poéticas, e pela regra a sétima silaba acentuada e as outras facultativas. Tendo, portanto neste caso, E.R 7(2.7).
    Texto II: A/CHO/QUE/MEU/DEUS/TU/DO.
    Versos hexassílabos, onde a sexta sílaba é acentuada obrigatoriamente, mas ainda há a primeira sílaba acentuada, sendo E.R (1.6).
    2. Cantigas de Amor, tendo á presença de eu-lirico que sofre por amor e venera sua amada, além de nos passar traços de um amor não correspondido.
    3. No primeiro texto os olhos são vistos como parte de um ser “homem” apaixonado que sofre ao ver a amada partir referindo então ao sofrimento de um eu-lirico. Já no segundo texto os olhos aparecem com função clara correspondente ao sentido da visão.
    4.Refere-se a um julgamento e condenação que seria feito pela própria língua se por um acaso o eu-lirico falasse o desejo o que pensava sobre sua amada

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  54. Exercício III:
    1. “Todo mundo” pode ser visto como a burguesia, como aqueles que corriam atrás dos prazeres concretos e materiais. Sendo eles a maioria da população.
    “ Ninguém” refere-se aos que buscavam algo além do dinheiro. Como exemplo: sabedoria e espiritualidade.
    2. As falas de Berzebu relatam criticas com aspectos irônicos onde ele procurava expor as características que diz respeito ao homem.
    3. A impressão passada pelos demônios de Belzebu e Dinato é de satisfação ao ouvir o dialogo entre”Todo mundo e ninguém” . E Gil Vicente desta maneira pretende evidenciar os defeitos e qualidade dos humanos.
    4. Dois aspectos formais evidentes no texto são conforme sua estrutura sob forma de versos e sua estrutura quando a musicalidade, sendo que há rima ao longo do texto.
    5. Levo em consideração algumas partes das falas de Belzebu, sendo que a maioria das pessoas almeja viver somente apenas o agora, deixando de lado a edificação da alma. Porém há exceções e existe pessoas com pensamentos diferentes.

    Exercício IV:
    1. Vejo como autor das falas, Fernão Lopes devido a sua preocupação em relatar a realidade dos fatos.
    2. O autor citado é Gil Vicente que visava e fazia sátiras relacionadas aos nobres em declínio, entre eles os frades, bispos, as beatas e outros.
    3.
    a)S’o/be/de/ce/ra a /ra/zam/
    e /re/sis/ti/ra a /Von/ta/de,
    eu/ vi/vê/ra em /li/ber/da/de
    e/ nam/ ti/ve/ra/ pai/xam/
    Sete sílabas poéticas, sendo, redondilha maior.

    b) E.R 7(4-7)
    4. Gil Vicente
    5. Fernão Lopes
    6. Religiosos
    7. Todo mundo é mentiroso
    8. Compositor de caráter sacro satírico.
    9. Letra C
    10. Letra C
    11. Letra A
    12. Letra B
    13. Letra A
    14. Letra E
    15. Letra E
    16. Letra E

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  55. EXERCÍCIO 1):

    1)El-Rei comia enquanto os homens eram assassinados. Comprovado pela passagem: “...enfim mandoulhos queimar; e todo feito ante os paaços onde el pousavava, de guisa que comendo oolhava quanto mandava fazer.”

    2)Fernão Lopes era um cronista popular que se comprometia com a verdade dos fatos. Criticava as atitudes dos reis, podendo ser punido severamente naquela época.

    3)“Coelho”, substantivo próprio, referindo-se a Pero Coelho, um dos assassinos de Inês de Castro. E coelho, substantivo comum, se refere a animal, poderia ser o alimento que El-Rei comia...

    4)Concordo. Pois nem mesmo os reis cumpriam os pactos que eles faziam. As vezes não tomavam, a decisão mais correta, difamando-os próprios.

    EXERCÍCIO 2:

    1) Texto 1
    Se -nho -ra- par- tem- tam- TRIS (tes)
    1 2 3 4 5 6 7
    meus- o- lhos- por- vós- meu- BEM
    1 2 3 4 5 6 7

    Texto 2
    A- cho- que- me- deu- Deus- TU (do)
    1 2 3 4 5 6 7
    pa- ra- ma- is- meu- pa- de (cer)
    1 2 3 4 5 6 7
    A métrica utilizada foi a redondilha maior, versos de sete sílabas poéticas.

    2) O texto 1, pode ser entendido como uma cantiga de amo, pois o eu-lírico é masculino, há um amor impossível de se realizar, apresenta uma tristeza e solidão, e estas são algumas das características das cantigas de amor.

    3) No Texto I, os olhos são aqueles que sofrem pela partida da amada. E no texto II, o eu-lírico utiliza seus olhos para ver amada, olhos estes dados por Deus para o fazer vê-los juntos.

    4. O eu lírico reclama por ser condenado através de palavras pela amada.

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  56. EXERCÍCIO 3)

    1)Todo mundo representa a maior parte da população, aqueles que almejam dinheiro, poder. Ninguém é a grande minoria, a classe pobre, servil. São inferiores quanto ao status, mas, em relação à sabedoria e discernimento, são superiores ao Todo Mundo.

    2)Percebe-se nas entrelinhas das falas do Berzebu, ironias quanto as características dos homens. Apontados como mentirosos, como se ninguém dissesse a verdade.

    3)Berzebu e Dinato são passivos. Podemos perceber que os demônios apenas assistem à conversa entre Todo Mundo e Ninguém, sem interferir. Gil Vicente quer mostrar que as pessoas não precisam de “interferência” para pecar, pecam por si mesmas, não precisam de um diabo para “auxiliá-las”.

    4)É um texto em versos que apresenta certa musicalidade.

    5)Concordo com a fala de Berzebu, pois naquela época (e ainda hoje) as pessoas se preocupavam muito com status. Mas há aqueles que se preocupam com os outros...

    EXERCÍCIOS E TESTES:

    1)O autor é Fernão Lopes. Notamos a preocupação em dizer apenas a verdade sem privilegiar ninguém.
    2)Refere-se a Gil Vicente. Além de satirizar ‘personagens’ religiosos como bispos, padres, papa, ele satiriza a mulher adúltera, o mundanismo, o médico incompetente e o judeu ganancioso.
    3)a) S’o/be/de/ce/ra a /ra/zam/
    e /re/sis/ti/ra a /Von/ta/de,
    eu/ vi/vê/ra em /li/ber/da/de
    e/ nam/ ti/ve/ra/ pai/xam/.

    4)b) ABBA

    c)Desejo.

    d)O autor apresenta duas posições, o desejo e a razão que são contrárias. Há um embate para que a razão seja sempre expressa já o desejo não.

    4)Letra C
    5)Letra B
    6)Letra B
    7)Letra E
    8)Letra A
    9)Letra C
    10)Letra C
    11)Letra D
    12)Letra C
    13)Letra A
    14)Letra E
    15)Letra B
    16)Letra E

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  57. Resolução de exercícios
    Crônica del-Rei D.Pedro I

    1. O rei comia naturalmente um guisado enquanto olhava os dois homens serem executados.
    ”... e todo feito ante os paaços onde el pousavava, de guisa que comendo oolhava quanto mandava fazer”.

    2.Logo no inicio da crônica, percebe-se duas características bem marcantes de Fernão Lopes . A primeira é o compromisso com a verdade histórica quando apresenta o nome completo dos dois assassinos de Inês de Castro e a segunda característica é a maneira como Lopes arranca as máscaras e os mantos enganadores, apresentando um rei de carne e osso, que fica magoado com a morte trágica da amada como qualquer ser humano.
    “ Segundo consta, três eram os assassinos: Alvoro Gonçalvez, Pero Coelho e Diego Lopes; o terceiro conseguiu escapar, livrando-se da morte, fato que deixou el-Rei muito magoado”.

    3. Percebe-se que o substantivo próprio Coelho, diz respeito ao sobrenome de um dos assassinos de Inês.
    “Segundo consta, três eram os assassinos: Alvoro Gonçalvez, Pero Coelho e Diego Lopes...”
    Já o substantivo comum coelho é utilizado para indicar um ser inferior ao ser humano, um animal pequeno, insignificante. Assim com esse jogo de palavras, percebe-se o despreso que o rei sentia pelo assassino da mulher que ele amava.
    “... e elRei dizendo que lhe trouxessem cebola e vinagre pêra o coelho enfadousse deles a mandouhos matar.”

    4. Sim, concordo com Fernão Lopes, pois em primeiro lugar o rei deveria proteger as pessoas de seu reino contra as injustiças e não puni-las por questões pessoais. Em segundo lugar o rei deveria pensar no que seria melhor para o reino e não para si mesmo, assim não seria correto sua união com Inês pois poderia colocar em risco o seu reino através das influências Castelhanas. Sendo assim Fernão Lopes foi muito feliz com a colocação: “os reis erravam muito indo contra as suas verdades”.

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  58. Resolução de exercícios
    Poesia palaciana
    1.
    SE/ NHO/ RA/ PAR/TEM /TAM / TRIS/te
    MEUS /O /LHOS/ POR/ VÓS /MEU/ BEM
    QUE /NUN /CA/ TAM/ TRIS /TES /VIS
    OU /TROS /NE /NHUNS/ POR /NIN /GUÉM
    Os primeiros versos do primeiro texto possui sete sílabas poética, sendo assim é uma redondilha maior.
    A/ CHO/ QUE/ ME/ DEU/ DEUS/ TU/ do
    PA/ RA/ MAIS/ MEU/ PA/ DE/ CER
    OS/ O/ LHOS/ PA/ RA/ NOS/ VER
    CO/ RA/ CÃO/ PA/ RA/ SO/ FRER
    E/ LÍN/ GUA/ PA/ RA/ SER/ MU/ do
    Os primeiros versos do segundo texto também possuem sete sílabas poéticas, sendo assim é um redondilha maior
    2. Analisando o primeiro texto , percebi que apresenta um eu lírico masculino, declarando a tristeza que sente ao deixar a mulher amada. Fala dos olhos que ficam tristes, pois não mais veria a “senhora”, deixando transparecer um amor impossível. Sendo assim percebi que o texto 1 aproxima-se de uma cantiga de amor.
    3.Nos dois textos percebe-se claramente que os olhos são um órgão do corpo de grande importância, pois é através dele que o eu-lírico vê a mulher amada, porém no primeiro texto os olhos são apresentados como uma prova do sofrimento da alma de alguém que ama, pois sabemos que os olhos mostram o que a pessoa está sentindo, assim o eu-lírico diz:
    “Senhora, partem tam trites
    meus olhos por vós, meu bem...”
    Já no segundo texto vemos que o eu-lírico diz que Deus o puniu com os olhos, pois ao ver a pessoa amada e não poder tocá-la aumenta ainda mais o seu sofrimento.
    “Acho que me deu Deus tudo
    para mais meu padecer:
    os olhos – para nos ver...”
    4. Como os textos se aproximam de uma cantiga de amor,percebe-se um eu-lírico masculino declarando um amor impossível, assim podemos inferir que o verso “língua que me condenasse”, pode estar se referindo a um amor que não podia ser revelado, talvez a mulher amada fosse de uma classe social elevada ou talvez fosse casada, sendo assim a língua poderia condenar se falasse o que realmente quisesse.

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  59. RESPOSTAS DAS QUESTÕES
    Exercício I:

    1) el-Rei estava alimentando enquanto assistia o assassinato dos dois homens.
    Como se vê na seguinte passagem do texto: {...} El- Rei dizendo que lhe trouxessem cebola e vinagre pêra, o coelho enfadousse deles e mandou os matar {...} Comendo olhava quanto mandava fazer.

    2) uma das características de Fernão Lopes que pude observar no texto, é a sua coragem de criticar de forma expressa em suas crônicas as atitudes que os Reis tinham nessa época.

    3) Quando no texto o nome Coelho aparece com a primeira letra em maiúsculo, refere ao sobre nome de um dos acusados pela morte de Inês. Entretanto o nome coelho com a primeira letra em minúsculo refere ao animal que estava sendo degustado por el-Rei.

    4) Sim. Pois se os Reis tivessem tido uma atitude diferente as conseqüências com certeza seriam melhores, ou seja, beneficiariam a eles.

    A PROPÓSITO DOS TEXTOS

    1) ANÁLISE DO TEXTO I :
    SE/NHO/RA/PAR/ TE/TAM/TRIS/tes.
    Versos heptassílabos ( redondilha maior) sendo versos com sete sílabas poéticas, e pela regra a sétima silaba acentuada e as outras facultativas. Tendo, portanto neste caso, E.R 7(2-7).
    ANÁLISE DO TEXTO II:
    A/CHO/QUE/MEU/DEUS/TU/DO.
    Versos hexassílabos, onde a sexta sílaba é acentuada obrigatoriamente, mas ainda há a primeira sílaba acentuada, sendo E.R (1.6).

    2) O texto I aproxima-se mais das cantigas de Amor, pois tem a presença do eu lírico que sofre por um amor não correspondido.

    3) No primeiro texto os olhos representam uma parte do ser humano que sente a dor de ver a partida da amada, já no texto II os olhos referem ao sentido da visão.

    4) o verso refere à condenação que a amada vazia através do uso de palavras fortes.




    A PROPÓSITO DOS TEXTOS
    Exercício III:

    1) A figura “Todo mundo” refere à burguesia (a grande maioria da população), e a figura “Ninguém” demonstra a minoria da população, ou seja, as pessoas que buscavam de uma forma ou outra sabedoria, espiritualidade etc.
    2) As falas de Berzebu são críticas e bem irônicas, e representam as falas das pessoas.
    3) A postura de Belzebu e de Dinato, é passiva, eles buscam de forma clara averiguar características de “todo mundo” e de “ninguém”. E Gil Vicente diante disso, procura de forma bem irônica criticar essas características das pessoas.
    4) Dois aspectos formais que observei no texto são: a estrutura quanto a musicalidade e quanto a forma dos versos.
    5) Concordo em parte com Berzebu, uma vez que, ele generaliza muito, porém boa parte da população pensa desta forma mesmo, mas vale mencionar também que muitas pessoas pensam de forma diferente, ou seja são bem conscientes.

    EXERCÍCIOS E TESTES
    Exercício IV:
    1.) O autor das palavras a que se refere, é Fernão Lopes uma vez que, é nítido a preocupação do autor em evidenciar a realidade dos fatos, sendo essas características inerentes a esse autor.
    2) O texto em tese refere ao autor Gil Vicente que visa satirizar os nobres em declínio, entre eles os frades, bispos, as beatas e outros.
    3) a) S’o/be/de/ce/ra a /ra/zam/
    e /re/sis/ti/ra a /Von/ta/de,
    eu/ vi/vê/ra em /li/ber/da/de
    e/ nam/ ti/ve/ra/ pai/xam/
    Sete sílabas poéticas, sendo, redondilha maior.
    b) E.R 7(4-7)

    4) (c) Gil Vicente
    5) (b) Fernão Lopes
    6) (e) Religiosos
    7) (a) Todo mundo é mentiroso
    8) Compositor de caráter sacro satírico.
    9) Letra C
    10) Letra C
    11) Letra A
    12) Letra B
    13) Letra A
    14) Letra E
    15) Letra E
    16) Letra E

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  60. teatro popular – Gil Vicente
    Resolução de exercícios:
    1.
    Todo o mundo representa os homens ricos, poderosos, aqueles que buscam as coisas materiais e perecíveis deste mundo. Ninguém representa as pessoas pobres, humildes, trabalhadoras, exploradas e que para muitos não valiam nada.
    Todo o mundo: busca dinheiro, honra, louvor, vida e o paraíso, mas é mentiroso.
    Ninguém: busco consciência, virtude e repreensão. Conhece a morte e paga o que deve.
    2. O bem e o mal fazem parte da vida de todo o ser humano, sendo assim vivemos em uma constante luta entre essas duas forças antagônicas . No Auto da Lusitânia, temos o mal representado pelo diabo, que observa e anota as atitudes das pessoas para depois poder persuadi-las. As falas de Belzebu representam as ações e atitudes dos homens da sociedade da época. Os homens poderosos , que se importavam mais com as coisas matérias do que com o próximo, e os homens pobres que valorizam o que tinha realmente valor.
    3. Observa-se que os diabos são passivos, pois apenas observam e anotam as atitudes das pessoas sem fazer nada para influenciar no comportamento das mesmas. Sendo assim, podemos inferir que Gil Vicente queria mostrar que o homem é livre para escolher seu próprio caminho, escolhe seguir o caminho do bem ou o caminho do mal, tem o livre arbítrio.
    4. Observando a forma, percebe-se que há presença de rimas :
    “Mil cousas ando a buscar:
    Mundo delas não posso achar...”
    Outra característica formal muito interessante é que o texto se estrutura em versos e apresenta também a fala de cada personagem separadamente.
    Ninguém • Como hás nome, cavaleiro?
    Todo o • Eu hei nome Todo o Mundo,
    5. Sim, concordo, pois se analisarmos o comportamento dos seres humanos, veremos que a maior parte das pessoas corre atrás de dinheiro, não apenas para as necessidades do dia a dia , mas para alimentar seus caprichos. Sendo assim para conseguirem “o vil metal” humilham e desprezam o outro sem o menor pudor e a “consciência” que deveria nortear as relações humanas passa a ser algo utópico e de pouco valor.

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  61. Exercícios e testes
    Resolução:
    1. O autor do texto apresentado é Fernão Lopes que nasceu no final de século XIV . Foi um importante cronista de sua época, e suas crônicas, embora tivessem compromisso com a verdade histórica foi de um valor literário inegável, pois criticava de maneira singular a sociedade da época.
    2. Gil Vicente. O teatro Vicentino é caracterizado pela sátira criticando o comportamento de todas as camadas sociais: Clero, nobreza e o povo.
    3.
    a)
    S’O/ BE / DE /CE /RAA /RA /ZAM
    E / RE /SIS /TI /RAA /VON /TA /de
    EU/ VI/ VÊ/ RA EM/ LI/ BER / DA / de
    E/ NAN/ TI/ VE/ RA/ PAI/ XAM
    Os versos apresentam-se em redondilha maior, ou seja, versos de 7 sílabas poéticas.
    b) observa-se que o autor utilizou rimas intercaladas.
    c) desejo
    d) No texto apresentado, observa-se uma oposição com a maneira de pensar da época, pois o poeta coloca a mulher não como um ser inatingível, idealizado. Outro questão interessante é a forma de lidar com o sentimento amoroso, mais para lado da razão do que para a emoção.
    “ S’obedecera a razam
    e resistira a vontade...”
    4. letra c ( Gil Vicente)
    5. letra b ( Fernão Lopes)
    6. letra b ( alegóricos)
    7. letra e (Todo o Mundo é mentiroso)
    8. letra a (Compositor de caráter sacro e satírico)
    9. letra c (Por viver em pleno Renascimento, apega-se aos valores greco-romanos, desprezando os princípios da Idade Média.
    10. letra c (denuncia a revolta da jovem confinada aos serviços domésticos, o que confere atualidade à obra)
    11. letra d ( a preocupação com o home e com a religião)
    12. letra b (Todas estão incorretas)
    13. letra a. (teatro medieval – Gil Vicente)
    14. letra e. (Cancioneiro geral de Garcia de Resende)
    15. letra b. (Fidelidade absoluta aos acontecimentos históricos)
    16. letra e. (Aprofunda-se nos valores clássicos, seguindo rigidamente os padrões do teatro grego)

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  62. Crônica del-Rei D. Pedro I
    1. Enquanto os dois homens eram assassinados el-Rei estava comendo e observando a execução dos dois acusados. As passagens do texto que comprovam os fatos são: “... elRei dizendo que lhe trouxessem cebola e vinagre pêra o coelho enfadousse deles a mandouhos matar.” e “...enfim mandoulhos queimar; e todo feito ante os paaços onde el pousavava, de guisa que comendo oolhava quanto mandava fazer.”

    2. Fernão Lopes era destemido, corajoso, imparcial, comprometido com a verdade. Ele deixa tais características transparecer pelo texto, como exemplo a passagem em que Fernão faz uma critica ao rei em relação a suas atitudes “Muito perdeo elRei de sua boa fama por tal escambo este...”.

    3. A palavra Coelho (substantivo próprio), refere-se ao sobrenome de Pero Coelho acusado de matar Inês de Castro; já o coelho (substantivo comum), refere-se ao animal que o rei degustava ao observar a execução dos assassinos.

    4. Concordo com as críticas de Fernão Lopes, já que os reis detinham todo o poder em suas mãos e com tantas responsabilidades, eles acabavam cometendo erros e tomando decisões precipitadas que iam contra seus próprios princípios, perdendo sua credibilidade diante de todos.

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  63. Texto 1 e 2 – Cantiga
    1. Analisando os primeiros versos dos textos 1 e 2, percebe-se que a métrica utilizada foi a redondilha maior, ou seja, sete sílabas poéticas.

    2. O texto 1 se aproxima da Cantiga de Amor, uma vez que o eu-lírico masculino que sofre de amor e trata sua amada por “Senhora” colocando-a assim em uma classe superior, pelo texto podemos inferir que a mulher é inacessível e esse amor não foi concretizado.

    3. No texto 1, os “olhos” tem como função expressar o sofrimento do amado, o eu-lírico utiliza os olhos para transmitir seus sentimentos de sofrimento e dor. No texto 2, os “olhos” nos retoma a função da visão. O eu-lírico é presenteado por Deus com a visão que o condena a ver a amada, visualizar algo que não pode ter.

    4. Entende-se por “língua que me condenasse”, sendo a língua dada por Deus para ser mudo, o eu-lírico utilizou a língua para se declarar a amada sendo, portanto condenado por usar a língua indevidamente.

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  64. Auto de Gil Vicente
    1. No Auto da Lusitânia, o personagem Todo o Mundo representa a maioria das pessoas que são gananciosas, mentirosas, materialistas; o outro personagem Ninguém representa a minoria das pessoas que são verdadeiras, honestas, simples, que erram e não têm medo de aprender, pessoas que querem ter a consciência tranquila em relação a seus atos.

    2. Berzebu ressalta as falas de Todo o Mundo e Ninguém com um tom irônico, deixando claro a diferença entre os dois e as qualidades e defeitos das pessoas.

    3. Em relação a postura de Berzebu e Dinato é possível dizer que são passivos, eles observam a conversa de Todo o Mundo e Ninguém repetindo ironicamente suas diferenças. Gil Vicente pretende assim mostrar que as pessoas são responsáveis por suas próprias ações, que tem defeitos e qualidades.

    4. O texto de Gil Vicente apresenta uma estrutura poética, composto em versos e rimas, dando musicalidade ao texto. Ele utilizou a redondilha maior para compor os versos.

    5. Embora a fala de Berzebu seja um tanto radical, concordo parcialmente. Considerando que a maioria das pessoas busca o materialismo, o dinheiro, a luxuria; devemos considerar também que existem pessoas que busca a sabedoria e a consciência, que os seres humanos são cheios de qualidade e defeitos e que o ser humano é passível de mudanças.

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  65. Exercícios e Testes
    1. O autor deste fragmento é Fernão Lopes, que tem como característica a veracidade, o compromisso com a realidade dos fatos.

    2. O texto refere-se a Gil Vicente que satirizava também com as alcoviteiras, as prostitutas, dentre outros.

    3.
    a) S’o/be/de/ce/ra a /ra/zam/
    e /re/sis/ti/ra a /Von/ta/de,
    eu/ vi/vê/ra em /li/ber/da/de
    e/ nam/ ti/ve/ra/ pai/xam/
    Sete sílabas poéticas, isto é, redondilha maior.

    b) O esquema de rima é o seguinte: ABBA. O poeta utiliza-se de rimas externas emparelhadas e interpoladas.

    c) Sinômino de vontade: desejo, necessidade.

    d) A oposição fundamental que caracteriza a poesia amorosa dos séculos seguintes quando o eu-lírico diz que ira obedecer à razão, tentar resistir à vontade e o desejo carnal, diferenciando do sentimento vivido pelo eu-lírico nas cantigas de amor era em uma relação de vassalagem, em que o mesmo sofria, idealizava a sua amada, mas não era correspondido.

    4. c) Gil Vicente

    5. b) Fernão Lopes

    6. b) alegóricos

    7. e) Todo o mundo é mentiroso

    8. a) Compositor de caráter sacro e satírico

    9. c) Por viver em pleno Renascimento, apega-se aos valores greco-romanos, desprezando os princípios da Idade Média.

    10. c) denuncia a revolta da jovem confinada aos serviços domésticos, o que confere atualidade à obra.

    11. d) a preocupação com o homem e com a religião

    12. b) Todas estão incorretas

    13. a) teatro medieval – Gil Vicente

    14. e) Cancioneiro geral e Garcia de Resende


    15. e) Exaltação do efeito heróico do Mestre ao matar o inimigo do Reino.

    16. e) Aprofunda-se nos valores clássicos, seguindo rigidamente os padrões do teatro grego

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  68. Questões referente a Crônica del-Rei D.Pedro I

    .1 El – Rei D. Pedro I comia e olhava os homens serem assassinados. Essa resposta se esclarece no seguinte trecho “[...]enfim mandoulhos queimar; e todo feito ante os paaços onde el pousavava, de guisa que comendo oolhava quanto mandava fazer.”

    2-Fernão Lopes apesar de ser historiador tentava como na Crônica del-Rei D.Pedro I ser imparcial ao estabelecer suas criticas ao rei afim de garantir a característica ficcional da literatura.

    3-A utilização da palavra “Coelho” e “coelho” exercem funções diferentes no texto, uma vez que a primeira é o sobrenome de um dos assassinos de Inês e a segunda refere-se ao alimento do dia.

    4-Concordo com as criticas realizadas por Fernão Lopes aos reis, pois eles estabeleciam leis que muitas das vezes não eram seguidas por eles. Um verdadeiro líder vê a liderança como responsabilidade e não como um cargo ou privilégio, portanto, se as coisas não caminham conforme o planejado, o líder não sai pelos cantos procurando culpados, mas sim tentam resolver de maneira mais viável o problema.

    QUESTÕES REFERENTES A POESIA PALACIANA

    1-A primeira cantiga possuí 7 sílabas poéticas ,sendo dessa forma uma redondilha maior ,diferentemente da segunda cantiga que apresenta 5 sílabas poética ,o que a caracteriza como redondilha menor. As redondilhas produzem um ritmo circular, bastante usadas nas trovas populares. Alguns poetas utilizaram e utilizam essa métrica, obtendo interessantes efeitos sonoros.

    2-Analisando a temática abordada no texto 1, é visto a presença marcante da cantiga de amor, ao passo que o eu lírico masculino vem. confessar o seu amor a amada , essa a qual permanece inatingível . O diferente é que “a sensualidade reprimida nas cantigas de amor brota à flor dos versos ao lado de uma profunda idealização da mulher, segundo o modelo italiano de Petrarca: a mulher é perfeita física e moralmente, com longos cabelos louros, olhos azuis ou verdes, lábios vermelhos, a pele alva, com maçãs do rosto róseas, a postura discreta, serena, elegante.”

    3- Analisando o emprego da palavra “olhos” nos dois textos foi possível compreender que no texto 1 o “olhos “ é tido como representação do sofrimento vivido pelo eu lírico de forma generalizada , o eu lírico representa a dor de amar e não ser correspondido , diferentemente do texto 2 , onde os “olhos “que tudo ver consegue captura a imagem da amada exercendo a função da visão, entretanto o eu lírico sofre pois , o anseio dele é ir além da visão, ele almeja mesmo exercer o toque de carinho na amada. Dessa forma ele sofre e o sentido da visão se torna um carma. Ainda falando sobre o sofrimento grifo: ” O sofrimento é como sal que curte a alma, torna-a numa espécie de pele macia, de toque agradável” assim é possível dizermos que o sofrimento ainda que seja ruim de se viver ele existe e algumas vezes é necessário ao nosso crescimento.
    (http://xuxugaldino.blogs)

    4. O eu lírico retrata a impossibilidade de declarar a sua amada o seu amor, como já estudado, muitas das vezes as mulheres desejadas eram inacessíveis, assim era preciso amar em silêncio para não ser condenado pela sociedade preconceituosa da época. Dessa forma as declarações eram indiretas.

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  69. QUESTÕES RE FERENTES AO TEATRO POPULAR

    1-A figura Todo o Mundo e Ninguém é a representação dos nossos ideais de vida , sendo que a primeira busca meramente as conquistas de cunho material , enquanto a segunda busca um crescimento além do material seu objetivo maior é o crescimento intelectual ou até mesmo espirituais.

    2-Gil Vicente através das falas de Berzebu elabora uma crítica contra a sociedade em que Todo Mundo deseja o “ter” o material , mas Ninguém cumpri com o seu papel de cidadão honesto o que acarretaria uma sociedade justa onde a lei do direito e do dever legitimasse.

    3-Na peça é possível observamos que Berzebu e Dinato assumi uma postura passiva no diálogo , assim, fica claro que Gil Vicente tinha como objetivo desmistificar a ideologia de que o diabo influencia nossas atitudes erronia da vida, ao contrário disso, o diabo deixa as personagens Todo o Mundo e Ninguém ,que somos nós mesmos livres para as suas próprias escolhas.

    4-O texto apesar de ser em forma de diálogo, o autor não permite que ele perca o seu caráter musical , assim Gil Vicente utiliza na sua composição rimas , e redondilha maior .Além do mais , vale ressaltarmos o teor moralizante do diálogo.

    5- A seguinte frase faz necessário refletirmos: “Que Ninguém busca consciência e Todo o Mundo dinheiro” . Ao analisar a frase cita eu pude concordar com a fala dita por Bezerbu , pois embora o texto seja de 1972 ele se faz atual , uma vez que a sociedade caminha para sua autodestruição , pois valores que Todo o Mundo deviam seguir não são comumente aplicados por Ninguém , logo temos uma história pautada em interesses meramente matériais, desprendida de preocupações com o bem estar do próximo.

    Exercícios e testes

    1-As palavras pronunciada são de Fernando Lopes. Mediante as suas características de criação foi possível observar nitidamente uma busca inquietante da verdade e a convicção diante dos fatos, a partir de sua observação e análise.

    2-
    Gil Vicente. O teatro Vicentino é marcado pela sátira criticando as atitudes de todas as camadas sociais: Clero, nobreza e o povo.

    3- a) A primeira estrofe do poema apresenta sete sílabas poéticas (redondilha maior).

    b) O poema é composto de rimas externas emparelhadas e interpolado.

    c) A palavra “ vontade” como sinônimos as seguintes palavras:anseio, , aspiração e desejo.

    d) A cantiga é construída a partir da oposição existente muitas das vezes no ato de amar, isto é, conflito entre o desejo e razão, pois, mesmo louco de amor , o eu lírico tem que se manter afastado e excluso da amada inacessível.

    4. C
    5-b
    6-b
    7-e
    8-a
    9-c
    10-c
    11-d
    12-b
    13-a
    14-e
    15-b
    16-e

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  70. Na 2ª Época Medieval ou Humanismo, percebe-se a introdução de uma nova estética clássica, o desenvolvimento da prosa com Fernão Lopes, o surgimento do teatro popular com Gil Vicente, isso através de transformações política e sociais. Surgimento de novos valores: valores medievais x realidade mercantil; ascensão da burguesa; economia de subsistência x atividades comerciais. Enfim, crise do sistema feudal, peste negra, guerras, mortes e conquentemente, excassez da mão-de-obra. Além disso, tem-se também o fortalecimento da Monarquia,a unificação política e a expansão comercial e outros.

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  71. ATIVIDADE 1 - HUMANISMO PORTUGUÊS

    Questão 1: Com a citação a seguir, vê-se que a morte era fria e cruel,"algoz e carneceiro dos homeens; e el Rei dizendo que lhe trouxessem cebola e vinagre pêra o coelho enfadousse deles a mandouhos matar".

    Questão 2: Como característica pode-se citar a linguagem, uma linguagem de estilo simples, um português polido, arcaico.

    Questão 3: A palavra coelho pode ser compreendida como o sobrenome COELHO e também como ALIMENTAÇÃO.

    Questão 4: Pode-se concordar com Fernão Lopes quando diz que ao "revelar" as atitudes à sociedade, esta se torna contrária.

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  72. ATIVIDADE 2

    Questão 1: Apresentam redondilha maior, isto é, 7 sílabas poéticas.

    Questão 2: Percebe-se a aproximação das cantigas de amor, e para isso toma-se como exemplo, o amor proibido por uma mulher comprometida.

    Questão 3: A palavra OLHOS pode referir-se à impossibilidade, ao sofrimento amoroso, bem como referir-se ao olhar, aos OLHOS que enxergam um grande amor.

    Questão 4: A língua no sentido de condenação por uma diferença social, ou também, como s língua no ato de falar, condenada ao silêncio pela vergonha ou distancia da mulher.

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  73. ATIVIDADE 3

    Questão 1: Todo mundo representa as pessoas desejosas pelo poder, que querem mandar. Já Ninguém representa as classes sociais baixas, pobres, trazend consigo um tom pejorativo.

    Questão 2: Ironiza a sociedade apontando, denunciando/criticando as suas mazelas.

    Questão 3: Analisando o momento em que emitem o discurso são considerados ativos, porém, quando o "outro" recebe as ordens de Berzebu, este torna-se ativo e aquele passivo.

    Questão 4: Verifica-se o rigor na construção-estruturação dos versos, polimento na linguagem, bem como musicalidade.

    Questão 5: Em partes é possível sim concordar, mas não se deve render ao radicalismo.

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  74. EXERCÍCIOS E TESTES

    Questão 1: Trata-se de Fernão de Lopes, autor que não tem preferência social, que critica de maneira independente.

    Questão 2: Autor Gil Vicente, com críticas às alcoviteiras, aos agiotas, aos feiticeiros e outros.

    Questão 3: Redondilha maior com rimas emparelhadas.

    Questão 4: Vontade no sentido de desejo, querer mais e mais.

    Questão 5:Trata-se de Gil Vicente.

    Questão 6: Fernão Lopes, preocuopação com a estética.

    Questão 7: Alegórico, ou seja, uma forma metafórica com substituições que servem como lição moralizante.Pesonicação através das letras maiúsculas e minúsculas.

    Questão 8: Letra A, composições de Gil Vicente.

    Questão 9: Letra C, obra de Gil Vicente.

    Questão 10: Letra A, Farsa de Inês Pereira.

    Questão 11: Letra E.

    Questão 12: Letra D, que corresponde às alternativas 1 e 3.

    Questão 13:Auto da Alma de Gil Vicente.

    Questão 14: Evolução da poesia com os Cancioneiros de Geraldo Garcia de Resende.

    Questão 15:Trecho de Fernão de Lopes, em que as crônicas retratam a realidade como testemunhas dos acontecimentos.

    Questão 16:Letra E.

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  75. a propósito do texto

    1) el-rei comia neste momento.Isto comprova-se no trecho que diz:"el-rei dizendo que lhe trouxessem cebola e vinagre pêra o coelho enfadousse deles mandouhos matar".
    2)vemos que Fernão Lopes cristica as atitudes do rei.
    3)"Coelho" era o sobrenome de um dos acusados de matar Enes e "coelho", refere-se ao que el-rei comia.
    4)concordo porque geralmente os reis faziam promessas e nem sempre cumpriam com elas e também se uma pessoa não seguisse suas ordens era severamente punido.

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  76. o 1 e o 2:redondilha maior e sete sílabas poéticas.

    1)texto:

    Se -nho -ra- par- tem- tam- TRIS (tes)
    1 2 3 4 5 6 7
    meus- o- lhos- por- vós- meu- BEM
    1 2 3 4 5 6 7

    2)texto

    A- cho- que- me- deu- Deus- TU (do)
    1 2 3 4 5 6 7
    pa- ra- ma- is- meu- pa- de (cer)
    1 2 3 4 5 6 7

    2)das de amor porque vemos uma exaltação da mulher, se trata de uma mulher inacessível e vemos o sofrimento do eu-lírico masculino por isso.

    3)vejo os olhos como expressão do sofrimento do eu-lírico masculino em não poder ter aquela mulher na qual ele deseja.

    4)a língua é tida como condenação as este eu-lírico pois ele não pode expressar seu amor pela amada.

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  77. 1) vemos que Todo mundo pode ser considerado a classe mais alta que quer status, poder, dinheiro.Todo mundo é ganancioso e mentiroso e mesmo assim ainda quer ir pro paraíso.
    já Niguem pode ser considerado como a classe mais baixa e que, apesar de nao ter dinheiro, status, tem sabedoria e discernimento.

    2)vejo ele como aquele que dita as falas e como um acusador.

    3)berzebu-ativo/dinato-passivo.
    acredito ser uma crítica às autoridas que impoem tudo à sociedade que simplesmente acata.

    4)podemos ver uma musicalidade presente no texto e vemos também a presença de rimas.

    5)sim porque todo mundo almeja posições altas, status e não olham sua consciência, acredito por vergonha pois aí, vemos nossos erros.

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  78. exercício e testes

    1)Fernão Lopes.compromisso com a verdade.

    2)esta se referindo a Gil Vicente que tecia críticas à todas as camadas sociais.

    3)composto por redondilha maior e sete sílabas poéticas.
    A) S’O/ BE / DE /CE /RAA /RA /ZAM

    E / RE /SIS /TI /RAA /VON /TA /de

    EU/ VI/ VÊ/ RA EM/ LI/ BER / DA / de

    E/ NAN/ TI/ VE/ RA/ PAI/ XAM

    B)rimas emparelhadas e interpoladas.

    C) desejo.

    D) aí vemos a luta da razão contra o coração e vemos também que el não cede aos desejos da carne agindo assim pela razão.

    4)c
    5)b
    6)b
    7)e
    8)a
    9)c
    10)c
    11)d
    12)c
    13)a
    14)e
    15)b
    16)e

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  79. generosa, sei que postei muito atrasada o exercício.peço mil desculpas. nem sei se você irá avaliar mais mas, mesmo assim postei.estava sem internet em casa mas enfim..
    mesmo que não avalie o meu exercício quero dizer que gostei muito de fazê-lo pois aprendi muitas coisas.
    desde ja agradeço..
    bjoss...

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  80. O Humanismo tem como ponto de partida a nomeação de Fernão Lopes para o cargo de cronista-mor da Torre do TombO. Nesse período, desenvolveu-se a prosa e o teatro popular.
    Momento histórico: esse momento é marcado pela retomada da cultura clássica, por uma economia pautada em atividades comerciais, pelo pensamento antropocêntrico e a queda do sistema feudal.
    Aprodução literária: a produção literária da época tem como referência o cronista Fernão Lopes que deixou três crônicas: Crônica Del-Rei D. Pedro I,narra os principais acontecimentos do reinado de D. Pedro; Crônica Del-Rei D. Fernando, é narrado o casamento do rei e o inócio da Revolução de Avis e a Crônica Del-Rei João, o autor narra a morte de D. Fernando e a pacificação entre Portugal e Castela.
    A poesia palaciana: essa poesia era feita por nobres, entretanto, foi sofrendo uma decadência por influência do contexto da época.
    Houve a separação da música e do texto, ocasionando um apuro formal. Encontra-se na poesia palaciana temas como sátira, religião drama, heroísmo e lirismo. Há, ainda, a permanência das cantigas de amor, porém surge nos ersos um caráter sensual ao idealizar a mulher amada.
    Teatro popular: Gil Vicente: o teatro com textos elaborados para reprsentação foi criado por Gil Vicente. Havia, na época, as encenações religiosas e profanas.
    O teatro vincentino tem como característica a crítica feita à sociedade da época: a nobreza , o clero e o povo.

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Agradecida,
Profa. Generosa Souto